Naruto - Desbravando um coração
Autora: Zoe-chan
Prólogo
Eu não sei exatamente o que querem... Só sei que tenho que trazer essa pessoa, para fins... Bom, eles querem estudá-la. Fico pensando: O que será que eu vou ganhar com isso? Tenho que continuar meu rumo, adquirindo força, poder...
Estou a dias voltando... Voltando a aquela maldita vila... Eu não queria ter que voltar para cá tão sedo... Talvez, algo de bom possa me acontecer... Háh! Em Konoha? Nunca, isso nunca aconteceria... O máximo que eu vou encontrar lá vai ser o Naruto me pedindo pra voltar.
Suspirei.
Prefiro hoje a minha vida do modo que está: solitária. Assim, não há nenhum perdedor me atrasando e incomodando...
Amigos...
Nunca, nunca mais vou ter um, afinal de contas... Do que eles me servem?
Agora o que me resta é levar essa pessoa até a Akatsuki e finalmente seguir meu caminho...
Continua...
Prólogo
Eu não sei exatamente o que querem... Só sei que tenho que trazer essa pessoa, para fins... Bom, eles querem estudá-la. Fico pensando: O que será que eu vou ganhar com isso? Tenho que continuar meu rumo, adquirindo força, poder...
Estou a dias voltando... Voltando a aquela maldita vila... Eu não queria ter que voltar para cá tão sedo... Talvez, algo de bom possa me acontecer... Háh! Em Konoha? Nunca, isso nunca aconteceria... O máximo que eu vou encontrar lá vai ser o Naruto me pedindo pra voltar.
Suspirei.
Prefiro hoje a minha vida do modo que está: solitária. Assim, não há nenhum perdedor me atrasando e incomodando...
Amigos...
Nunca, nunca mais vou ter um, afinal de contas... Do que eles me servem?
Agora o que me resta é levar essa pessoa até a Akatsuki e finalmente seguir meu caminho...
Continua...
Capítulo 1.
Saí de Konoha há mais de dez anos e hoje eu estou aqui, frente ao portão da vila vendo as pessoas passarem por lá e por sorte ninguém me achar nessas árvores e me reconhecerem...
Se Naruto me visse com certeza iria querer me convencer a voltar... Esse não é o meu objetivo aqui... Estou em uma missão. Fui contratado pela Akatsuki para eles estudarem o poder de uma kunoichi.
Eu mal me lembro dela. Acho que ela era do clã... Hyuuga. Uma garota que era louca pelo Uzumaki, mas sempre fora uma perdedora... Assim como ele... Talvez por isso ela o amasse...
Amor...
Eu nem me lembrava mais dessa palavra... Desse sentimento... Meus sentimentos de afeto foram trocados por sentimentos inversos... Raiva, ódio, luxúria...
Era fácil encontrar uma qualquer que pudesse me satisfazer e logo me “desfazer” dela... Não, eu não as matava... Acho que essa é a única prova de que existe algo de humano em mim...
OoOoOoO
Algumas horas depois e a luz perolada da Lua invadiu, tomando conta de todos os lugares e mesmo que eu não percebesse, achava até tudo... Harmonioso...
Vi os cabelos róseos que há tempos não via... Ela estava acompanhada daquele perdedor... De mãos dadas, não sei por que mais me enchi de fúria e quase me desconcentrei da minha missão real... Mas eu não conseguia parar de pensar que Sakura estava com Naruto... Porém, minhas dúvidas sumiram e minha boca se encheu de fel ao notar que eles agora se beijavam. Quando eu vi ela se virar, notei uma saliência... Ela estava grávida? Suspirei e balancei a cabeça. Não poderia me desconcentrar, meu alvo era... Quem mesmo? Ah... Hyuuga Hinata.
Me dispersei da outra visão perturbadora. Logo eu notei que a jovem vítima... Saia da vila atrás de um coelho, achei estranho... Parecia uma cópia daquela história infantil... Alice... Não sei o que lá... Não tive como me lembrar do nome completo daquela história... Até por que, eu não tive infância.
Repondo meus pensamentos em ordem e me focando na missão me embrenhei na mata, pulando silenciosamente por entre os galhos daquelas árvores enormes que cercavam a vila. Notei que aquela pequena criatura de pêlo branco havia sido cercada por Hinata e sido pega em seguida.
- Hai, hai... Até que em fim eu te achei... – ela disse acariciando o rosto do animal.
- “Ela é diferente da Sakura... Algo nela... Inexplicável” – eu pensei, logo que notei meu desfoque, olhei-a atentamente e segui o caminho dela com os olhos.
Ela parou em frente a um riacho. Soltou um animal num lugar seguro, e virou-se na minha direção.
- Quem está ai?
- “Entendo... Ela sentiu minha presença...”
- Responda!
- Quanto tempo... Hyuuga...
- Apareça! – Eu ri baixo com o pequeno desespero que sua voz aparentou ter.
- Você provavelmente se lembra de mim...
- Byakugan! – senti o chackra dela aumentar numa quantidade relativamente grande.
- Isso não será necessário. – desci da copa da árvore, onde antes me encontrava e parei perto dela, a cerca de um metro no máximo. Estávamos realmente próximos.
- Sasuke... Uchiha Sasuke? – olhou-me assustada.
- Hai...
- O que quer? – “Naruto...”
- Não vim atrás de vingança a vila e muito menos... Atrás daquele perdedor do Naruto. – fui ríspido, queria levá-la dali logo.
- Então... O que você? – me aproximei mais e notei o corpo dela estremecer.
Não respondi nada mais, golpeei-a e coloquei nos meus braços. Foi mais fácil do que imaginei... Olhei-a desfalecida e senti novamente aquele fel desgraçado fel em meus lábios, não sei o porquê disso... Rapidamente eu saí dali sentindo que logo alguém poderia notar a ausência da garota.
OoOoOoO
Já havia amanhecido e eu senti um pouco de cansaço, resolvi parar e ficar em algum lugar seguro. Caminhei até uma cachoeira... Há anos atrás, mais ou menos uns quatro, ali foi meu refúgio. Eu escondia o meu chackra e ficava ali por uns dias, me recuperando de alguma luta ou apenas... Querendo esquecer o mundo. Atravessei tão rápido a cortina gelada de água que eu quase não me molhei. Caminhei um pouco mais a frente, ainda com Hinata nos braços e coloquei-a no chão.
- Ainda desacordada... Patético...
Virei-me e acendi uma fogueira. Enquanto o fogo tomava os pedaços de madeira, eu pegava um peixe no lago.
Enquanto abria o peixe, tirava suas vísceras e preparava para espetá-lo num graveto, Hinata acordava, atordoada e provavelmente com fome. Suspirei. O que era pior? Cuidar de uma fraca e tratá-la como se eu fosse babá, ou deixá-la perecer e definhar, entregando-a desde modo lamentável à Akatsuki? De qualquer forma em que ela se encontra – Viva ou morta – O corpo dela ainda seria útil para as pesquisas, talvez levá-la morta fosse mais fácil e vantajoso pra mim... Isso. Eu iria matá-la. Pouco me importo em ela ser ou não da minha antiga vila. De tê-la conhecido.
Vou tratá-la naturalmente... Ou seja, com frieza, e logo depois do café... Eu a mato... Cara, que droga! Eu não iria conseguir! Estou ficando um frouxo! Deveria tê-la matado em vez de só golpeá-la quando tive chance.
A garota me olhou confusa e assustada.
Medo...
Era só essa a impressão que eu deixava? Aff eu nem sei o que pensar direito... Antes dessa missão eu não me importava com nada além de mim! Foi aquilo... Foi ver Sakura com Naruto que me deixou assim... Será? Ou foi... A presença dessa garota? Ah! Quer saber? Que se dane!
- Logo comeremos... – disse sem olhá-la.
- H-hai... – virou a cara na direção da enorme cortina de água.
- Não vai conseguir fugir de mim...
- Por quê? – perguntou sem me olhar.
- Usei um jutsu na qual você não pode se distanciar de mim nem a vinte metros sem que morra antes de chegar a dezenove. Calculei, e o máximo que um humano forte conseguiria ficar longe, seria... Dez metros... Creio que prefere ficar a menos de dois metros e sair viva... Não é? – sorri enquanto espetava o peixe no graveto.
Ouvi-a suspirar e logo ela voltou a se deitar.
Saí de Konoha há mais de dez anos e hoje eu estou aqui, frente ao portão da vila vendo as pessoas passarem por lá e por sorte ninguém me achar nessas árvores e me reconhecerem...
Se Naruto me visse com certeza iria querer me convencer a voltar... Esse não é o meu objetivo aqui... Estou em uma missão. Fui contratado pela Akatsuki para eles estudarem o poder de uma kunoichi.
Eu mal me lembro dela. Acho que ela era do clã... Hyuuga. Uma garota que era louca pelo Uzumaki, mas sempre fora uma perdedora... Assim como ele... Talvez por isso ela o amasse...
Amor...
Eu nem me lembrava mais dessa palavra... Desse sentimento... Meus sentimentos de afeto foram trocados por sentimentos inversos... Raiva, ódio, luxúria...
Era fácil encontrar uma qualquer que pudesse me satisfazer e logo me “desfazer” dela... Não, eu não as matava... Acho que essa é a única prova de que existe algo de humano em mim...
OoOoOoO
Algumas horas depois e a luz perolada da Lua invadiu, tomando conta de todos os lugares e mesmo que eu não percebesse, achava até tudo... Harmonioso...
Vi os cabelos róseos que há tempos não via... Ela estava acompanhada daquele perdedor... De mãos dadas, não sei por que mais me enchi de fúria e quase me desconcentrei da minha missão real... Mas eu não conseguia parar de pensar que Sakura estava com Naruto... Porém, minhas dúvidas sumiram e minha boca se encheu de fel ao notar que eles agora se beijavam. Quando eu vi ela se virar, notei uma saliência... Ela estava grávida? Suspirei e balancei a cabeça. Não poderia me desconcentrar, meu alvo era... Quem mesmo? Ah... Hyuuga Hinata.
Me dispersei da outra visão perturbadora. Logo eu notei que a jovem vítima... Saia da vila atrás de um coelho, achei estranho... Parecia uma cópia daquela história infantil... Alice... Não sei o que lá... Não tive como me lembrar do nome completo daquela história... Até por que, eu não tive infância.
Repondo meus pensamentos em ordem e me focando na missão me embrenhei na mata, pulando silenciosamente por entre os galhos daquelas árvores enormes que cercavam a vila. Notei que aquela pequena criatura de pêlo branco havia sido cercada por Hinata e sido pega em seguida.
- Hai, hai... Até que em fim eu te achei... – ela disse acariciando o rosto do animal.
- “Ela é diferente da Sakura... Algo nela... Inexplicável” – eu pensei, logo que notei meu desfoque, olhei-a atentamente e segui o caminho dela com os olhos.
Ela parou em frente a um riacho. Soltou um animal num lugar seguro, e virou-se na minha direção.
- Quem está ai?
- “Entendo... Ela sentiu minha presença...”
- Responda!
- Quanto tempo... Hyuuga...
- Apareça! – Eu ri baixo com o pequeno desespero que sua voz aparentou ter.
- Você provavelmente se lembra de mim...
- Byakugan! – senti o chackra dela aumentar numa quantidade relativamente grande.
- Isso não será necessário. – desci da copa da árvore, onde antes me encontrava e parei perto dela, a cerca de um metro no máximo. Estávamos realmente próximos.
- Sasuke... Uchiha Sasuke? – olhou-me assustada.
- Hai...
- O que quer? – “Naruto...”
- Não vim atrás de vingança a vila e muito menos... Atrás daquele perdedor do Naruto. – fui ríspido, queria levá-la dali logo.
- Então... O que você? – me aproximei mais e notei o corpo dela estremecer.
Não respondi nada mais, golpeei-a e coloquei nos meus braços. Foi mais fácil do que imaginei... Olhei-a desfalecida e senti novamente aquele fel desgraçado fel em meus lábios, não sei o porquê disso... Rapidamente eu saí dali sentindo que logo alguém poderia notar a ausência da garota.
OoOoOoO
Já havia amanhecido e eu senti um pouco de cansaço, resolvi parar e ficar em algum lugar seguro. Caminhei até uma cachoeira... Há anos atrás, mais ou menos uns quatro, ali foi meu refúgio. Eu escondia o meu chackra e ficava ali por uns dias, me recuperando de alguma luta ou apenas... Querendo esquecer o mundo. Atravessei tão rápido a cortina gelada de água que eu quase não me molhei. Caminhei um pouco mais a frente, ainda com Hinata nos braços e coloquei-a no chão.
- Ainda desacordada... Patético...
Virei-me e acendi uma fogueira. Enquanto o fogo tomava os pedaços de madeira, eu pegava um peixe no lago.
Enquanto abria o peixe, tirava suas vísceras e preparava para espetá-lo num graveto, Hinata acordava, atordoada e provavelmente com fome. Suspirei. O que era pior? Cuidar de uma fraca e tratá-la como se eu fosse babá, ou deixá-la perecer e definhar, entregando-a desde modo lamentável à Akatsuki? De qualquer forma em que ela se encontra – Viva ou morta – O corpo dela ainda seria útil para as pesquisas, talvez levá-la morta fosse mais fácil e vantajoso pra mim... Isso. Eu iria matá-la. Pouco me importo em ela ser ou não da minha antiga vila. De tê-la conhecido.
Vou tratá-la naturalmente... Ou seja, com frieza, e logo depois do café... Eu a mato... Cara, que droga! Eu não iria conseguir! Estou ficando um frouxo! Deveria tê-la matado em vez de só golpeá-la quando tive chance.
A garota me olhou confusa e assustada.
Medo...
Era só essa a impressão que eu deixava? Aff eu nem sei o que pensar direito... Antes dessa missão eu não me importava com nada além de mim! Foi aquilo... Foi ver Sakura com Naruto que me deixou assim... Será? Ou foi... A presença dessa garota? Ah! Quer saber? Que se dane!
- Logo comeremos... – disse sem olhá-la.
- H-hai... – virou a cara na direção da enorme cortina de água.
- Não vai conseguir fugir de mim...
- Por quê? – perguntou sem me olhar.
- Usei um jutsu na qual você não pode se distanciar de mim nem a vinte metros sem que morra antes de chegar a dezenove. Calculei, e o máximo que um humano forte conseguiria ficar longe, seria... Dez metros... Creio que prefere ficar a menos de dois metros e sair viva... Não é? – sorri enquanto espetava o peixe no graveto.
Ouvi-a suspirar e logo ela voltou a se deitar.
OoOoOoO
Capítulo 2
Respirei fundo, eu via a garota comer e não conseguia tirar os olhos dela. Eu a mataria logo depois, e procurava qualquer evidência de que ela tentaria lutar contra isso... Mas, é claro que ela assim o faria!
Segurei um pedaço do peixe e levei na minha boca, olhando para aquela cascata cristalina à frente. Logo senti que ela me olhava, então, voltei-me para ela, olhando-a como se tentasse entender o que ela queria.
- Que é?! – fui grosso o suficiente para que ela me odiasse mais ainda, eu já nem me importava mais com isso.
- N-nada... – a garota gaguejou e abaixou a cabeça.
- Hunf... – revirei os olhos e tornei a comer. Ela era patética... Era nisso que ela era diferente de Sakura... Sakura de certa forma era forte... Mas essa garota?! Há... Parecia um coelhinho assustado. E admito... Estava adorando assustá-la.
A garota comeu e logo se virou para direção da cachoeira novamente. Parecia se sentir perdida. E realmente estava. Aquele lugar foi um achado e tanto! Fazia um tempo que eu não vinha mais aqui... Talvez pela proximidade com Konoha.
Deixei passar uns minutos e me levantei rapidamente. Apaguei a fogueira e a garota tremeu, afinal era inverno. Olhei para ela e segurei seu pulso, puxando-a e em seguida colocando em meus ombros. Só sentia ela se debater e me chutar algumas vezes, até que senti que aquele corpo que eu segurava, se tornou um tronco...
Suspirei.
– “Por que será que eu sabia que ela ia fazer isso?”
Olhei para cima de uma árvore e vi-a completamente pálida me olhando assustada.
- Como eu imaginei... Pra uma perdedora como você, em menos de oito metros esse jutsu te afetaria... – sorri e saltei até a árvore, colocando-a novamente em meus ombros. Agora fraca, ela não me daria tanto trabalho. Logo, ela desmaiou.
OoOoOoO
Franzi o cenho, já era quarta feira e estávamos bem distantes do local. Comecei a correr mais e mais até que a garota acordou.
- Quer entregar uma garota ou um milkshake? – não acreditava no que tinha ouvido! Desde quando ela se tornou ousada a ponto de falar isso?
- Cale a boca garota! Se não eu vou entregar um defunto! – “Não sei por que não a matei novamente...”
Veio-me a cabeça uma pequena lembrança do que ocorrera depois do almoço.
“- Como eu imaginei... Pra uma perdedora como você, em menos de oito metros esse jutsu te afetaria... – sorri e saltei até a árvore, colocando-a novamente em meus ombros. Agora fraca, ela não me daria tanto trabalho ”.
- Por que eu não te matei quando tive chance? – pensei alto demais.
- Como? – ela perguntou.
- Calada... – eu não estava agüentando ouvir a voz dela... Por que ela não voltou a desmaiar?
- Sasuke...
- Que é? – revirei os olhos.
- Por que você odeia tanto Konoha?
- Ahmn? – parei bruscamente fazendo com que ela praticamente voasse e por pouco vôo junto. Segurei-a pelos braços e pelo impulso nossos corpos se chocaram e eu me desequilibrei. – Sua idiota! – gritei com ela enquanto ela me olhava assustada caída em cima de mim.
- Mas eu só havia te feito uma pergunta!
- Então agora não faça mais nenhuma!
- Não enquanto você não me responder por que quer se vingar de Konoha!
- Não devo satisfação alguma a você! – “Ela está me testando?” – eu devo admitir... Estava incrédulo.
Olhei aqueles olhos perolados e que estavam num misto de medo com ousadia... Ela estava mostrando sua face afinal... Mas, ela não era aquela perdedorazinha que ela louca pelo Naruto? Que sempre foi a sombra do Neji? Talvez os anos a tivessem mudado. Assim como eu...
Empurrei e ela caiu bruscamente me olhando ainda com aquele “misto” no olhar. Me levantei e apontei minha espada na garganta dela.
- Se quiser realmente viver, então coopere... Fique quieta...
- H-hai... – Ela teve que concordar. Eu estava a ponto de golpeá-la e levá-la morta para Akatsuki, mas senti meus nervos se conterem e prendi a espada na bainha novamente.
Eu estava dando atenção demais pra ela, eu podia ignorá-la totalmente e a levar para Akatsuki sem ter que ouvir ou dizer uma palavra! Por que ela me irritava tanto?
OoOoOoO
Era madrugada de quinta feira e eu estava precisando dormir, estava cansado, mas muito mais cansado que o normal! Coloquei a garota no chão que estava dormindo e me espreguicei um pouco, estralei os dedos e bebi um pouco de água daquela cachoeira que coloquei num cantil. Coloquei-a novamente no colo e procurei um abrigo, ou alguma clareira onde eu pudesse acampar.
Depois de procurar um pouco eu vi uma caverna, que parecia muito mais só um buraco numa rocha. Entrei lá e coloquei a Hyuuga no chão. Deitei-me a uns três metros dela e me virei para contra a parede da pequena caverna.
Mas, por um acaso eu consegui dormir? Não... Aff eu queria estar dormindo, mas a vontade de virar e olhar aquela garota foi maior. Então me virei. Era estranho... Por que quando me virei e a fitei, notei que ela também me olhava, mas de modo... Doce? – Eu devo estar ficando maluco! – acho que quando ela notou que eu havia visto ela desfez a carinha bonitinha e franziu o cenho, se virando para o outro lado.
Não gostei nem um pouco da situação, então decidi que iria facilitar as coisas. Iria ignorá-la. Talvez assim fosse realmente mais fácil. Então, acabei dormindo. Sentindo-me um pouco relaxado.
Eu acordei de manhã e vi que Hinata estava acordada, ela estava... Chorando? Assim que ela notou que eu havia acordado ela secou as lágrimas e virou a cara, ela queria parecer forte, mas era óbvio que ela não era! Nunca fora... Arrisco a dizer que ela é a versão “última dos últimos” do Naruto... Só que feminina.
Cheguei perto dela, cerca de menos de um metro e ela se encolheu.
Novamente o medo...
Eu não entendia por que me sentia mal em vê-la assim, em trazer medo aquela criatura tão doce... ESPERA AI! EU PENSEI MESMO ISSO? Deve ser a falta de comida... Pensei ao sentir meu estômago clamando por alguma refeição.
- Venha comigo... – me levantei sem olhá-la – Eu vou caçar.
- Por que se importa? Me deixe aqui! É melhor eu morrer, não é? Assim facilitará as coisas pra você Sasuke! – ela me olhou séria.
- Facilitaria... Mas eu perderia sua cara de pânico e raiva ao lhe entregar a Akatsuki. – sorri e dei mais alguns passos. – Perderia toda a graça... – ri baixo. A garota veio atrás de mim, e pronto! Eu consegui que ela me odiasse mais ainda! Ela me fitou de um jeito intenso e passou por mim, deixando que seus cabelos balançassem e me fizessem exalar seu aroma... Ela se virou e me fitou furiosa, empinou o nariz e saiu. – “Talvez ela seja mesmo diferente dela...” A segui e a puxei, segurando seu braço com um pouco mais de força.
- Ei perdedora... Fique atenta a uma coisa... Você aqui é a refém, você não me assusta, e muito menos me interessa essa sua birrazinha! – Ela abaixou o olhar... – Olhe pra mim quando falo! – ela me fitou com os olhos levemente marejados - Eu não ligo nem um pouco pra você sua idiota! Vou te levar viva ou morta pra Akatsuki e não quero nem me importar com o que vão fazer com você... Ultima das ultimas... – acabei sendo meio cruel... Mas então por que eu senti necessidade de abraçá-la logo depois e pedir desculpas...? Sinceramente, não faço idéia do que eu sinto perto dela...
OoOoOoO
A garota andou atrás de mim em silencio, abraçada-se a si mesma e com o olhar longe. Ela obedeceu cada coisa que mandei, e não ficou a menos de 3 metros de mim. Depois de um tempo consegui caçar um porco do mato e seria bom comer logo. Estava faminto.
Passou uma hora, mas esta pareceu um ano. O silencio era horrível, mesmo que eu gostasse de silencio, e gosto, aquele foi... Ruim. Eu não agüentei e quebrei o silencio.
- Que foi? – perguntei sem olhá-la.
- Nada – disse fria. Eu achei estranho, ela não combinava com isso...
- Está bem, se não vai falar então tire essa cara de dor ai!
- É a minha cara! – ela me olhou, parecia que minha alma tinha sido partida ao meio.
- Como ousa falar assim comigo? – me levantei irritado.
- Do mesmo modo que você está me tratando! – ela também se levantou – Eu vou dar um jeito de me livrar desse jutsu e depois... Eu é que não vou ter pena de você Uchiha!
- Que? – estava abismado. Ela realmente havia me afrontado assim? De medrosa ela virou tão rápido corajosa... Eu fiquei extasiado depois daquilo... Devo admitir... Uma mulher “durona”... É o que me atrai... Mas, eu fingi que não me importava e deixei ela reclamando sozinha, até por que eu não admitiria nada pra ela. Aaah cara, nem tenho o que de admitir! Garota idiota...
A tarde correu rapidamente e tudo que eu via era uma garota extremamente bicuda do meu lado... Odeio manha ¬¬. Essa garota é muito estranha! Primeiro age feito um coelhinho assustado... E se rende facilmente sem ao menos tentar me atacar... Depois ela começa a se “soltar” e começa a me afrontar... Mas antes disso: ela chora! Essa garota deve ter um parafuso a solto... E está quase me deixando sem meus próprios parafusos! E mais uma coisa me irrita... Por que em toda chance que eu tenho de matá-la eu não assim o faço? Cara... Que merda!
Logo, começou a escurecer e o misto laranja do céu foi tomado pelos tons de azul, até enegrecer... E percebi uma movimentação em alguns arbustos. Segurei o braço de Hinata e ordenei que ficasse calada.
- Acho que tem alguém nos seguindo...
- Acha? Eu tenho certeza disso! - falei e notei ela me fitar com uma cara de “eu vou te matar!”. Ignorei e passei a prestar atenção no suposto inimigo...
Logo, algumas shurikens e kunais voaram até mim e Hinata, eu me desviei, mas a besta do meu lado acabou sendo ferida de raspão no braço direito.
- BAKA! – gritei a ela enquanto ela segurava o braço, sentindo a dor. Puxei-a pelo outro braço e ela fitou um local, usando o Byakugan.
- Eles estão ali! – fez um gesto muito sutil, apontando o local onde os inimigos se encontravam...
- Katon! Gouryuuka no jutsu – Ataquei e assim eles fugiram... Fiquei puto com isso... ¬¬
- Quem será que era?
- Não sei... Mas foi embora. – suspirei. – Vamos ficar bem atentos a partir de hoje... Use sempre que eu mandar o Byakugan!
- Agora você manda em mim? – ela parou na minha frente com as mãos na cintura, me encarando.
- Claro que sim! Enquanto estivermos presos a esse jutsu você é minha refém lembra-se? – respondi, por que ela não vê se é tão obvio? Garota estúpida!
- Hunf! – Ela empinou o nariz e voltou a me fitar, chegando bem mais perto – Mas eu não vou ser sua refém por muito tempo... – ela saiu com um sorriso pequeno mais confiante. Revirei os olhos. Aquela garota pensa mesmo que pode contra mim? Aff... Eu puxei o braço dela e ela me olhou um pouco assustada, mais ainda tentando manter a pose de forte.
– Olha aqui sua imbecil! Pare de me afrontar ta legal!? Eu que dito as ordens aqui! Ou parece que é burra demais pra entender? – Ela abaixou o olhar – Que bom que entendeu. – Peguei ela e carreguei-a nos ombros. Ela não iria tentar nada, e eu iria mostrar quem manda. Mas, por que eu estava... Achando-me um lixo por ter falado com ela daquela forma? Céus o que essa garota está fazendo comigo?!
Quando anoiteceu... Eu coloquei-a deitada no chão, mas não tão grosseiramente, eu havia achado uma clareira e o local parecia seguro. Sentei-me a seu lado, enquanto ela dormia, com um semblante triste, porém calmo. Uma mecha do cabelo dela caiu sobre seu rosto, e sem entender por que, tirei a mesma do rosto dela e comecei a fitá-la. Um sentimento estranho me invadiu, e parecia que me rasgava por dentro. Meu coração acelerou apertado por instantes e se acalmou depois. Ela havia quase acordado. Por que o medo de vê-la acordar e notar que eu estava assim tão perto? Suspirei e me levantei, fui até uns dois metros longe dela e me deitei, de modo que pudesse olhar o céu. Tinha poucas estrelas e muitas nuvens. Eu parecia assim... Só que se eu tinha tantas nuvens em mim... Algumas estrelas começavam a aparecer... Vagamente e fracamente. Acho que...
- Ah, esquece e dorme Sasuke! – murmurei e adormeci logo em seguida.
Capítulo 3
~ Uma semana depois...
Levantei-me e caminhei até ela e fitei-a um pouco curioso. Ela me olhou e estranhamente ela me sorriu.
- Jutsu... Medicinal, não? – Ela usava em cima de um corte na mão feita por uma pedra num riacho.
- Sim – ela respondeu com aquele sorriso estranho. – Fique calmo não estou tramando nada! – deu uma leve risada e eu franzi o cenho.
- Certeza? – aproximei-me e olhei-a por cima.
- Medo de mim Uchiha? – ela se levantou e chegou perto. Um metro de distancia seria muito.
- Medo? – virei o rosto e voltei logo a fitá-la com um sorriso – De uma fracassada como você? – Admito que eu goste de ser cruel...
- É... Você tem medo! – ela sorriu se sentindo vitoriosa e saiu.
“O que há com essa maluca?”
- Ei! Volta aqui sua besta! – segurei o braço dela, mais uma vez nossos corpos se chocaram, mas dessa vez eu me mantive firme. – Está querendo o que com esse joguinho? Só fingir não demonstra o quanto é forte! Você é uma farsa!
- Olha quem fala! Viver nesse seu mundo solitário e pensar que é forte o suficiente! Se eu finjo tanto ser forte por que você não admite fazer o mesmo?! – Permaneci calado pela primeira vez. Não só calado de não dizer nada... Mas eu nem ao menos consegui reagir ao que aquela garota havia falado. Ser forte... Eu sempre procurei a força... Ser um inimigo invencível para os meus inimigos... Mas... Ser apenas inimigo... Torna-me também fraco...?
OoOoOoO
“Por que estou agindo assim com ela?”
Eu carregava ela nas costas e ela dormia tranquilamente, parecia um bebê. Um bebê com belas pernas... CALA A BOCA SASUKE! Gritei mentalmente pra mim. Eu estava com raiva do que ela me fazia sentir e cada dia mais intensificava isso... Esse sentimento... No ritmo que estava, se continuasse... Tenho medo do que pode acontecer...
Medo?!
Eu NÃO TENHO MEDO de nada! Nem do que essa tartaruga lerda e pamonha me faz sentir...
De repente eu senti ela me envolver, mas como num abraço. Senti meu rosto esquentar e parei devagar para não acordá-la.
“Será isso? Essa garota me faz sentir ISSO?”
Não, não podia ser! Há anos que chamo esse sentimento de Mito. Não pode ser... Garota maldita!
A respiração dela no meu pescoço, as mãos delas segurando o meu corpo e o leve sorriso que ela dava sempre que ficava assim... Acho que pela primeira vez... Eu tinha que admitir... Ela me fazia sentir algo que... Bom... Só podia ser aquilo... Apesar de eu odiá-la ao mesmo tempo... Será possível?
Passou umas duas horas e ela acordou, e ela queria me mandar parar para comer... Agora só por isso não pararia! Quem pensa que é pra mandar em mim? Aff... Mas me arrependi depois de mais ou menos dois quilômetros correndo, ela havia passado mal, e até parecia estar com febre...
- Está bem? – E eu me preocupando com pouca coisa novamente... ¬¬’
- Acho que sim...
- Deixe-me ver... – Coloquei-a em pé na minha frente e fitei o rosto dela, ela suava frio e tremia. A testa dela indicava que estava realmente febril. Peguei-a no colo.
- Não se acostume...
- Obrigada... – ela murmurou e permaneceu séria.
Coloquei-a deitada no chão e apoiei a cabeça dela nas minhas pernas. Ela me olhou assustada quando ouviu algo rasgar...
- O que está fazendo? – ela parecia atordoada não só com a febre, e sim com a situação.
- Absolutamente nada. – peguei o cantil e derramei um pouco de água sobre o pano, torci e deixei o pano (pedaço da minha camisa) dobrado na testa dela.
- Me ajudar não significa nada... Hum...
- O que há? – perguntei sério, afinal o que aquela garota tinha?
- Absolutamente nada. – ela sorriu travessa, se levantou.
- Você é doida... Deite-se! Está com febre!- levantei-me a fim de colocá-la deitada novamente.
- Não sou tão doida quanto você... – ela deu um passo à frente.
- Eu não sou doido! – ela deu outro passo, colando seu corpo no meu.
- Mas vai ficar... – ela... Ela... ELA ME BEIJOU O_O
Beijou de um jeito tão intenso que eu não quis parar... Havia um tempo que não me saciava de tais desejos e aquela garota... Não era de se jogar fora... O problema seria se a Akatsuki descobrisse algo, afinal... Eles a queriam intacta... Até nesse ponto... Que merda. E eu estava pensando em me aproveitar da situação!
Eu a apertei em meu corpo e ouvi um pequeno gemido dela... Eu não agüentava mais aquilo... Retirei uma kunai e apontei no pescoço dela, a assustando...
- Volte a fazer isso... – eu respirei –... E ficará sem a cabeça.
- Sasuke... – ela me olhou de um modo, um tanto doloroso...
Ela apenas citou meu nome e sentou-se no chão. Me olhou com um sorriso muito triste e prosseguiu.
- Você não percebe?
- Perceber o que sua imbecil? – aquele melodrama dela me irritava às vezes. O sorriso dela sumiu.
- Eu to apaixonada por você... – ela abaixou a cabeça e começou a chorar baixinho. Meu coração se apertou e tive vontade de abraçá-la.
- Só o que me faltava... – murmurei. – Você se entregou facilmente aquele dia de propósito? – tentava ao máximo parecer firme.
- Hai...
Suspirei.
- Não alimente esperanças... - E eu pensando que a loucura dela era por conta de sua febre.
- H-hai... – ela soltou um pequeno soluço.
Estendi a mão a ela. E ela segurou minha mão de modo inseguro.
- O que significa isso? – ela perguntou me olhando nos olhos.
- Uma ajuda pra se levantar? – tomara que ela entenda nos vários sentidos...
- Ah... – ela não entendeu! ¬¬
Eu pensei que ela não havia entendido do modo na qual ela tinha se expressado. Mas o calor dela e o perfume que exalaram de seus cabelos, que estavam perto de mais de mim, denunciaram... Ela havia me abraçado.
Ela se apertou em mim e senti minha blusa ficar molhada. Nem sei por que... Mas cobri suas costas com meus braços... Assim a abraçando.
Eu já não entendia mais nada... Só tinha certeza de uma coisa... Ela mexia comigo... E de tal forma... Que me fez sentir o mesmo que ela...
Mas eu tinha que agir da forma na qual meu coração não pedia... Tinha que ser um estúpido com ela, ainda mais... Ela não podia se apaixonar por mim e muito menos eu por ela... Levantei seu rosto e olhei no fundo dos olhos dela, minha vontade foi de beijá-la e tomá-la pra mim, carregá-la dali e salvá-la dos planos da Akatsuki. Mas eu tinha que dizer uma coisa horrível pra ela...
- Se eu fizer algo com você... Será apenas por prazer... Nada mais me importa em você além de prazer e entregá-la logo para a Akatsuki.
- Então faça... Eu não me importo... Deixe-me ser sua... – ela chorava e eu estava lá... Sem ação, eu realmente não esperava por aquilo. Ela parecia desesperada. O que a levou a sentir isso? Logo por mim?
- Eu não farei nada por pena... – soltei-me dela e sai mais confuso que o normal. Meu coração saia pela boca e vi-a caída no chão, sentada e chorando novamente. Eu era um idiota... Enfim, ela acabou adormecendo rápido, já que sua febre ia embora aos poucos.
OoOoOoO
No dia seguinte, eu continuava com aquela sensação estranha no peito, acho que me sentia culpado por tais palavras... E quando eu parei para pensar, na noite passada, até perdendo meu sono, notei que ela me fez esquecer completamente a Sakura... Completamente... Mas, mais do que nunca eu me sentia vazio, tendo que ser cruel, estúpido e frio com ela. Ela ficou a sete metros de mim desde o acontecido. Ela sabia que a oito ela poderia passar mal, e pelo jeito, ela queria distancia, mas não tanta pra me fazer ter que carregá-la depois...
Ouvi um berro, me virei e vi-a sendo pega de refém. Eu estava tão inerte nos meus pensamentos que nem notei o inimigo se aproximar. Ele apontou uma kunai na garganta dela e me lembrei do que eu tinha feito a ela. Ela estava séria e me olhava como quem diz “me deixe ir... Melhor do que ficar com você”. Eu não deixaria isso acontecer... Não... Não deixaria que eles a levassem de mim. – “EU PENSEI MESMO ISSO? O_O”.
Mas ela foi mais rápida, e golpeou o homem antes mesmo que ele pudesse tentar algo contra. Enfiou a kunai do mesmo no ombro dele e vi ela se afastar dele e ir para o meu lado. Ela estava séria demais pra fazer isso... Será que eu a fiz tão mal que a tornei fria? Só uma coisa responderia isso...
- O que há com você? – fitei-a e fingi estar irritado.
- Eu apenas me defendi... – ela ao menos me fitou, mas... – Ou vai me dizer que preferia que eu fosse morta por aquele homem?
- Bem, eu...
- Imaginei. – e ela continuou andando.
Ela estava agindo de forma fria, e ela não combinava com isso... Eu não agüentava vê-la assim... Não... NÃO! Puxei o braço dela e a segurei em meu corpo. Ela nem relutava, estava quieta me olhando nos olhos, de uma maneira indecifrável. Eu não podia deixá-la... Gelada... Então... Tratei de derretê-la.
Beijei-a.
Depois de um tempo, que pareceu longo pra mim, a senti relaxar e colocar sua mão envolta de meu pescoço. Passei a mão sobre suas costas e desci meus lábios até o seu pescoço. Eu admito que estava passando do “apenas derretê-la”, eu queria mais... Mais... Eu a queria... E eu pretendia tê-la. Que se dane a Akatsuki... QUE SE DANE!
- Lembre-se que foi você que buscou isso...
- Isso o que? – ela me perguntou com a voz embargada.
- O que está prestes a acontecer...
- Uhmn... – ouvi ela dar uma risadinha e voltar a me beijar... Se ela era aquela Hinata de antes... Eu devia estar numa ilusão... Mas, uma ilusão maravilhosa...
Peguei-a no colo e corri... Logo encontrei um local seguro. O sol estava a pino e eu não queria fazer nada à luz do dia. Porém, ao encontrar uma fenda, no meio de um rochedo, vi que não seria necessário esperar anoitecer...
Capítulo 4
~ Já no rochedo...
Fui beijando-a e andando para frente, até que senti ela se chocar contra a parede de rochas. Há uns metros a frente havia uma gruta e parecia ter algo como um lago dentro. O leve barulho das águas se chocando nas pedras me fez notar isso.
Parei de pensar no local e me concentrei nela. Ela estava com a face rosada e me beijava com muita vontade. Segurei firme sua cintura e apertei-a contra mim, fazendo-a soltar um gemido baixinho. Ao nos separarmos por falta de ar, vi-a fitando-me nos olhos e começou a falar num tom bem baixo...
- Uchiha... O que você fez comigo? – ela ofegava e parecia que logo iria me beijar, pois não parava de olhar meus lábios.
- A questão é: O que eu vou fazer... – sorri e logo desci meus lábios pelo pescoço dela. E devo admitir que aquela roupa toda dela me incomodava.
Retirei seu casaco e vi a moldura maravilhosa que formava seu corpo com mais clareza. Porém ela ainda usava um sutiã coberto por uma regata preta. Meu membro já pulsava forte e uma vontade louca me subiu pela garganta. Ela estava segurando-o e fazendo um movimento leve e circular, mesmo que por cima da calça. Eu queria gemer. Mas eu não daria esse gostinho a ela. Queria que ela gemesse e gozasse pra mim... Nunca quis dar tal prazer a uma mulher como agora quero dar a ela.
Ela me virou contra a parede e eu vi aquele brilho estranho e misto que há dias os seus olhos tinham. Ela passou as mãos pequenas e brancas pela minha barriga por debaixo da camisa, levantou a mesma e começou a distribuir beijos e chupões em todos os lugares que conseguia, devagar e de modo sensual.
Segurei seus cabelos abaixo da sua nuca e torcia para que ela entendesse o recado. E assim aconteceu. Ela desceu os beijos e criou um caminho até o cós da minha calça. Ela a abriu e abaixou devagar, junto com minha outra veste. Ela devorou com os olhos meu membro, que nesse momento se encontrava enrijecido e roxo.
Não tinha palavras para aquela sensação. Tantas outras fizeram o mesmo e nenhuma chegou aos pés de Hinata. Ela começou passando a ponta da língua pela glande em movimentos circulares, aos poucos os carinhos foram ficando intensos. Leves chupões por toda a extremidade do meu membro foram sendo agraciadas com aquela boca sedenta... Eu queria que ela engolisse logo, queria sentir a boca quente dela sendo lotada de gozo. Apertei mais o modo que segurava os seus cabelos e a fiz finalmente senti-lo inteiro.
Aos poucos, a cada brincadeira ágil com a sua língua no meu pênis, sentia o ápice chegar e comecei a gemer. Já era inevitável.
Momentos depois, eu lotei sua boca de esperma, e ela parecia se deliciar. Ela ainda estava louca para me sentir dentro dela e eu sabia disso. Só de imaginar eu já sentia-me excitado. Levantei-a e beijei-a com volúpia. Tirei sua regata e sutiã, logo também sua calça. Notei aquela ultima peça e mesmo por cima passei minha mão de modo intenso no clitóris dela. Vi ela tremer e segurei sua cintura, ela parecia sedenta.
Meus dedos entraram por debaixo de sua calçinha e notei como ela estava molhada. Coloquei de uma vez dois dedos dentro dela e ela mordeu os lábios em resposta ao meu ato. Fiz movimentos de vai e vem, deixando mais molhada ainda. Usei disso e passei meus dedos por seu clitóris a masturbando. As pernas dela perderam a força e notando que ela estava pronta, parei. Queria provocá-la.
Joguei seu casaco no chão, me sentei e puxei-a. Ela caiu perfeitamente encaixada em mim e vi ela soltar um gemido tão gostoso que me fazia querer gozar novamente. Concentrei-me naqueles seios fartos e de bicos rosados. Suguei e mordisquei-os.
Ela ia rápido e fundo. Senti raiva daquele que provou desse corpo antes de mim. Eu massageava suas coxas e também conduzia, momento ou outro, sua cintura. Senti-me chegando no ápice novamente. Como ela era boa! Ela contraiu seu ventre me mostrando que estava já no seu limite e que agora gozava, dando gemidos abafados pelos meus lábios que a beijavam.
Logo, gemi junto dela e também cheguei ao meu limite.
Minha cabeça rodava, estava satisfeito e tenho que admitir... Estava feliz... Pendi minha cabeça para traz e notei que ela apoiava seu rosto no meu peitoral. Ela ofegava e estava sorrindo. Meu coração estava tão descompassado como o dela deveria estar. Toquei seu ombro e ela me olhou.
- Quer descansar?
- Sim... – ela sorriu e meu beijou levemente. Saiu devagar e vi meu gozo escorrendo devagar pelas suas coxas. Eu ajeitei minha camisa e o casaco dela no chão aonde pudéssemos deitar. Quando ela deitou, me abraçou e sussurrou algo que... Eu não pensava que iria ouvir...
- Eu te amo...
Ar...
Ele se foi e abandonou meus pulmões. Mesmo em estado de choque, a abracei e deixei que ela dormisse.
OoOoOoO
“ - Se eu fizer algo com você... Será apenas por prazer... Nada mais me importa em você além de prazer e entregá-la logo para a Akatsuki.
- Então faça... Eu não me importo... Deixe-me ser sua...”
Lembrei-me do que havia acontecido no dia anterior. Eu não me reconhecia... Eu queria permanecer ali com ela pra sempre e nem me lembrava mais o por que de estarmos juntos naquele momento...
Ah... Sim. Akatsuki. Que merda! Eu não queria mais entregá-la. E agora aquele anjo de olhos perolados dormia tranqüila em meus braços...
Eu não sabia o que fazer pela primeira vez na minha vida...
Capítulo 5
Havia me decidido; e eu estava me achando um louco... Tudo pelo que lutei e acreditei, minha ganância por força e mais força... Passaram a ser como um vulto perante meus olhos. Eu não acreditava no que sentia e previa que agravasse. Eu estava... Apaixonado... E essa maluca de olhos perolados, manhosa, estranha e... Linda demais, era a garota da vez...
Me apaixonei muito pouco na minha vida, e antes eu nem relevava as meninas malucas que me “amavam” – na verdade eram obcecadas... – e uma delas foi Sakura... A atual mulher do... Naruto.
Suspirei...
- Ainda é tão difícil assim... – pensei alto sem querer, mas a mulher em meus braços não acordou.
Ela se remexeu um pouco e abriu os olhos, sorriu e levantou o rosto para me beijar. Fiquei apreensivo e hesitei, porém ao sentir o cheiro de carmim dos seus cabelos e me deixar levar, beijei-a. Eu estava sentindo e conhecendo novas sensações e eu não queria mais me desgrudar dessa maluca...
- Sasuke... – ela disse num sussurro, porém estava séria – Tem alguém acima do rochedo... – eu levantei meus olhos e me concentrei, enfim, pude sentir um chackra muito conhecido... – Acha que é... Alguém da Akatsuki?
- Tenho quase certeza... – suspirei - Vamos nos vestir... – ela se levantou e eu logo após, nos vestimos rapidamente e nos aprontamos para sair dali...
- Você confia em mim? – ela virou do nada e me perguntou.
- Mas que diabo de pergunta é essa?
- Eu tenho um plano...
- Aah sim... – Agora fazia sentido.
- Vamos ao ponto inicial: antes desse... Ahmn momento... Eu era o que?
- Refém...
- Então... Vamos fingir que ainda sou.
- Será que vai dar certo?
- Se tentarmos... Talvez.
- É... Não custa tentar...
Ela se pôs de costas e eu a agarrei.
- Vai ser ótimo te segurar assim de novo... – falei malicioso.
- Adiante com o plano meu bem... Adiante... – ela disse com a voz rouca.
Eu a coloquei no ombro e comecei a saltar, chamando assim, a atenção da dita pessoa.
- HEY!!!!
- Ahmn? – me fiz de desentendido. – sussurrando.
- Hey você! – chamou dando saltos e se aproximando, enquanto Hinata fingia estar desacordada.
Me virei e vi aquele traje sombrio cobrindo o corpo da moça.
- O combinado foi de eu levá-la até vocês...
- Mas já que estou aqui, pode me entregar ela. – disse friamente.
Aquela garota era estranhamente quieta. Pelo menos naquele momento... Caminhei até ela e vi Hinata se mexer em meus ombros, parecia que algo estava errado, e essa foi a forma de me mostrar...
Algo estava realmente errado, pois a mulher que estava nos meus ombros se transformou em um tronco... Senti um calafrio estranho percorrer minha espinha e o rosto de Konan se abrir num sorriso maléfico.
- Achou realmente que iria esconder seu romance com ela, Uchiha...?
Eu caí ao chão muito antes de responder. A última visão que tive foi de Hinata também caída no chão, aos pés de Konan...
OoOoOoO
Foi realmente muito estranho. Pois tudo parecia um sonho, até se tornar um pesadelo... Eu estava algemado pelos braços e pernas num local escuro e úmido. O que me lembrou um pouco das cavernas onde antes me refugiava com Hinata.
Minha respiração estava pesada e minha cabeça parecia que ia explodir. Ouvi um gemido ao meu lado e notei que não estava sozinho ali. Era Hinata! Eu quis gritar por ela, mas nada adiantaria, pois agora os dois estavam presos como reféns.
"Essa é a parte ruim de se apaixonar!"
Ainda mais por quem não se pode apaixonar.
Olhando bem mais atentamente, percebi que o rosto dela estava ensangüentado, como se ela tivesse levado uma pancada forte na cabeça. Mas... Não era só o rosto que estava ensangüentado. Ela toda estava pintada pelo próprio sangue e parecia até ter sido esfolada viva. Meu coração apertou... Eu não podia fazer nada? Nada mesmo? Senti-me um inútil... Aliás, eu sou um inútil!
Meu pesadelo real ficou pior ao notar Konan entrar com uma bandeja em mãos. Tinha um pano muito branco e uma vasilha com água limpa. Ela veio até mim e começou a tratar das minhas feridas.
- O que você pretende com isso...?
- Já tiramos dela o que queríamos... – ela nem olhava pra mim enquanto respondia. Ela passou a mão pequena no meu peitoral e a outra deslizou segurando o pano encharcado em mim.
- O que fizeram com ela?! – a raiva subia pela garganta e se eu conseguisse me soltar, essa garota morreria! – Fale!
- Sasuke, Sasuke... – Ela sorriu e aproximou os lábios dela dos meus – O que nela é mais precioso...? – ela riu e saiu dali. Não havia ponto de interrogação...
Passou um tempo...
Já estávamos presos ali há três semanas, e eu estava exausto, preocupado com Hinata... Com tudo o que fizeram a ela. Eu fui um fraco, deveria ter notado que ali na mesma hora que tomava Hinata... Konan observava-nos. E no calor daquele momento, eu me esqueci que poderiam estar nos seguindo... Há quanto tempo já nos seguiam? Eu não sabia o que pensar...
Tanto que pelo cansaço, acabei caindo no sono.
OoOoOoO
Quando eu acordei o local estava enfim claro. Como se estivéssemos num quarto claro com as cortinas totalmente abertas... E foi isso que foi estranho... Nós dois estavam num quarto. O que será que tinha acontecido?
Logo, alguém entrou no quarto, e me surpreendi...
- Como está?
- Você?! – estava tendo uma alucinação?! Caramba...
- Não... A Tsunade! Não está vendo os peitões? É claro que sou eu né Sasuke!
Abaixei a cabeça e puxei o ar com dificuldade. Virei meu rosto e vi Hinata do meu lado, deitada com a cabeça em meu ombro.
- Você está bem?
- Claro que não... – murmurei. – Como nos achou?
- Eu e o Kakashi-sensei, fomos até a região que vocês estavam presos e... Sentimos o seu chackra... Achamos estranho o fato do chackra dela... Ter passado despercebido...
Eu ajeitei Hinata no travesseiro e sai cuidadosamente dali. E ele me parou.
- Você precisa ficar com ela Sasuke. – disse de um jeito autoritário.
- O que eu preciso é resolver isso tudo... – suspirei.
- Quanto mais você lutar... Mais vai demorar pra você conseguir ficar com ela. E sei que agora, é esse o seu maior desejo.
- Mas eu tenho que matá-los...
- Então, após matá-los, mate-se também. Por que eu sei que você cooperou com isso no começo! – exaltou-se e segurou o meu braço. – Você vai ficar!
- Quem você pensa que é pra fazer isso? Seu idiota!
- O Hokage... – Ele me olhou de um jeito furioso. – Você vai ficar... Deixe isso com os ninjas de Konoha... Descanse e fique com ela... Agora ela precisa de você... Por que provavelmente... – ele a olhou tristemente – Ela vai precisar dos seus olhos...
Permaneci em silêncio. Pela primeira vez me vi obrigado por ele a ficar. Era o certo a se fazer... Por que agora, me vingar não adiantaria de nada...
- Fique aqui o tempo que precisar, está bem? Qualquer coisa... Me chame. Estarei na minha sala resolvendo algumas coisas. – ele saiu e me mostrou que realmente tinha algo de novo nele. Ele havia mudado. Não era mais o perdedor que era quando estávamos no time 7.
O Uzumaki havia mudado...
Fui até a cama e sentei-me ao lado de Hinata. As pálpebras dela ainda estavam um pouco roxas... E ela estava muito pálida. Toquei sua face delicadamente e beijei seus lábios da mesma forma.
- Você vai ficar bem... Minha pequena... – eu disse ainda com os lábios encostando-se aos dela.
Levantei um pouco meu rosto e vi melhor o estado dela. Retirei até a parte da cintura o lençol e vi as feridas espalhadas pelo abdômen dela. Ela estava toda enfaixada. Apesar das feridas, a recuperação dela estava muito lenta. Será que alguma ninja médica já havia cuidado dela? Bom, se alguma viesse, só deixaria uma cuidar de Hinata...
Eis que essa tal ninja médica, entrou no recinto.
- Olá... Sasuke-kun. – Ela disse docemente – Como ela está? – perguntou para mim, preocupada ao ver o estado de Hinata. Percebi que ela estava disfarçando o seu incômodo de me ver.
- Parece que ela está com algum problema para se recuperar... Suas feridas estão demorando a sarar...
- Uhmn... – ela tocou a testa de Hinata e olhou-a tristemente.
- Pode cuidar dela? ... – ela me fitou como quem diz “Não é óbvio?” e logo em seguida revelou mais um sorriso. Eu suspirei e andei até a janela. Eu tinha voltado para Konoha... E a longo prazo...
Agora só uma dúvida me tirava do sério... Como Kakashi e Naruto nos tiraram de lá?
OoOoOoO
Capítulo 6
Capítulo 2
Respirei fundo, eu via a garota comer e não conseguia tirar os olhos dela. Eu a mataria logo depois, e procurava qualquer evidência de que ela tentaria lutar contra isso... Mas, é claro que ela assim o faria!
Segurei um pedaço do peixe e levei na minha boca, olhando para aquela cascata cristalina à frente. Logo senti que ela me olhava, então, voltei-me para ela, olhando-a como se tentasse entender o que ela queria.
- Que é?! – fui grosso o suficiente para que ela me odiasse mais ainda, eu já nem me importava mais com isso.
- N-nada... – a garota gaguejou e abaixou a cabeça.
- Hunf... – revirei os olhos e tornei a comer. Ela era patética... Era nisso que ela era diferente de Sakura... Sakura de certa forma era forte... Mas essa garota?! Há... Parecia um coelhinho assustado. E admito... Estava adorando assustá-la.
A garota comeu e logo se virou para direção da cachoeira novamente. Parecia se sentir perdida. E realmente estava. Aquele lugar foi um achado e tanto! Fazia um tempo que eu não vinha mais aqui... Talvez pela proximidade com Konoha.
Deixei passar uns minutos e me levantei rapidamente. Apaguei a fogueira e a garota tremeu, afinal era inverno. Olhei para ela e segurei seu pulso, puxando-a e em seguida colocando em meus ombros. Só sentia ela se debater e me chutar algumas vezes, até que senti que aquele corpo que eu segurava, se tornou um tronco...
Suspirei.
– “Por que será que eu sabia que ela ia fazer isso?”
Olhei para cima de uma árvore e vi-a completamente pálida me olhando assustada.
- Como eu imaginei... Pra uma perdedora como você, em menos de oito metros esse jutsu te afetaria... – sorri e saltei até a árvore, colocando-a novamente em meus ombros. Agora fraca, ela não me daria tanto trabalho. Logo, ela desmaiou.
OoOoOoO
Franzi o cenho, já era quarta feira e estávamos bem distantes do local. Comecei a correr mais e mais até que a garota acordou.
- Quer entregar uma garota ou um milkshake? – não acreditava no que tinha ouvido! Desde quando ela se tornou ousada a ponto de falar isso?
- Cale a boca garota! Se não eu vou entregar um defunto! – “Não sei por que não a matei novamente...”
Veio-me a cabeça uma pequena lembrança do que ocorrera depois do almoço.
“- Como eu imaginei... Pra uma perdedora como você, em menos de oito metros esse jutsu te afetaria... – sorri e saltei até a árvore, colocando-a novamente em meus ombros. Agora fraca, ela não me daria tanto trabalho ”.
- Por que eu não te matei quando tive chance? – pensei alto demais.
- Como? – ela perguntou.
- Calada... – eu não estava agüentando ouvir a voz dela... Por que ela não voltou a desmaiar?
- Sasuke...
- Que é? – revirei os olhos.
- Por que você odeia tanto Konoha?
- Ahmn? – parei bruscamente fazendo com que ela praticamente voasse e por pouco vôo junto. Segurei-a pelos braços e pelo impulso nossos corpos se chocaram e eu me desequilibrei. – Sua idiota! – gritei com ela enquanto ela me olhava assustada caída em cima de mim.
- Mas eu só havia te feito uma pergunta!
- Então agora não faça mais nenhuma!
- Não enquanto você não me responder por que quer se vingar de Konoha!
- Não devo satisfação alguma a você! – “Ela está me testando?” – eu devo admitir... Estava incrédulo.
Olhei aqueles olhos perolados e que estavam num misto de medo com ousadia... Ela estava mostrando sua face afinal... Mas, ela não era aquela perdedorazinha que ela louca pelo Naruto? Que sempre foi a sombra do Neji? Talvez os anos a tivessem mudado. Assim como eu...
Empurrei e ela caiu bruscamente me olhando ainda com aquele “misto” no olhar. Me levantei e apontei minha espada na garganta dela.
- Se quiser realmente viver, então coopere... Fique quieta...
- H-hai... – Ela teve que concordar. Eu estava a ponto de golpeá-la e levá-la morta para Akatsuki, mas senti meus nervos se conterem e prendi a espada na bainha novamente.
Eu estava dando atenção demais pra ela, eu podia ignorá-la totalmente e a levar para Akatsuki sem ter que ouvir ou dizer uma palavra! Por que ela me irritava tanto?
OoOoOoO
Era madrugada de quinta feira e eu estava precisando dormir, estava cansado, mas muito mais cansado que o normal! Coloquei a garota no chão que estava dormindo e me espreguicei um pouco, estralei os dedos e bebi um pouco de água daquela cachoeira que coloquei num cantil. Coloquei-a novamente no colo e procurei um abrigo, ou alguma clareira onde eu pudesse acampar.
Depois de procurar um pouco eu vi uma caverna, que parecia muito mais só um buraco numa rocha. Entrei lá e coloquei a Hyuuga no chão. Deitei-me a uns três metros dela e me virei para contra a parede da pequena caverna.
Mas, por um acaso eu consegui dormir? Não... Aff eu queria estar dormindo, mas a vontade de virar e olhar aquela garota foi maior. Então me virei. Era estranho... Por que quando me virei e a fitei, notei que ela também me olhava, mas de modo... Doce? – Eu devo estar ficando maluco! – acho que quando ela notou que eu havia visto ela desfez a carinha bonitinha e franziu o cenho, se virando para o outro lado.
Não gostei nem um pouco da situação, então decidi que iria facilitar as coisas. Iria ignorá-la. Talvez assim fosse realmente mais fácil. Então, acabei dormindo. Sentindo-me um pouco relaxado.
Eu acordei de manhã e vi que Hinata estava acordada, ela estava... Chorando? Assim que ela notou que eu havia acordado ela secou as lágrimas e virou a cara, ela queria parecer forte, mas era óbvio que ela não era! Nunca fora... Arrisco a dizer que ela é a versão “última dos últimos” do Naruto... Só que feminina.
Cheguei perto dela, cerca de menos de um metro e ela se encolheu.
Novamente o medo...
Eu não entendia por que me sentia mal em vê-la assim, em trazer medo aquela criatura tão doce... ESPERA AI! EU PENSEI MESMO ISSO? Deve ser a falta de comida... Pensei ao sentir meu estômago clamando por alguma refeição.
- Venha comigo... – me levantei sem olhá-la – Eu vou caçar.
- Por que se importa? Me deixe aqui! É melhor eu morrer, não é? Assim facilitará as coisas pra você Sasuke! – ela me olhou séria.
- Facilitaria... Mas eu perderia sua cara de pânico e raiva ao lhe entregar a Akatsuki. – sorri e dei mais alguns passos. – Perderia toda a graça... – ri baixo. A garota veio atrás de mim, e pronto! Eu consegui que ela me odiasse mais ainda! Ela me fitou de um jeito intenso e passou por mim, deixando que seus cabelos balançassem e me fizessem exalar seu aroma... Ela se virou e me fitou furiosa, empinou o nariz e saiu. – “Talvez ela seja mesmo diferente dela...” A segui e a puxei, segurando seu braço com um pouco mais de força.
- Ei perdedora... Fique atenta a uma coisa... Você aqui é a refém, você não me assusta, e muito menos me interessa essa sua birrazinha! – Ela abaixou o olhar... – Olhe pra mim quando falo! – ela me fitou com os olhos levemente marejados - Eu não ligo nem um pouco pra você sua idiota! Vou te levar viva ou morta pra Akatsuki e não quero nem me importar com o que vão fazer com você... Ultima das ultimas... – acabei sendo meio cruel... Mas então por que eu senti necessidade de abraçá-la logo depois e pedir desculpas...? Sinceramente, não faço idéia do que eu sinto perto dela...
OoOoOoO
A garota andou atrás de mim em silencio, abraçada-se a si mesma e com o olhar longe. Ela obedeceu cada coisa que mandei, e não ficou a menos de 3 metros de mim. Depois de um tempo consegui caçar um porco do mato e seria bom comer logo. Estava faminto.
Passou uma hora, mas esta pareceu um ano. O silencio era horrível, mesmo que eu gostasse de silencio, e gosto, aquele foi... Ruim. Eu não agüentei e quebrei o silencio.
- Que foi? – perguntei sem olhá-la.
- Nada – disse fria. Eu achei estranho, ela não combinava com isso...
- Está bem, se não vai falar então tire essa cara de dor ai!
- É a minha cara! – ela me olhou, parecia que minha alma tinha sido partida ao meio.
- Como ousa falar assim comigo? – me levantei irritado.
- Do mesmo modo que você está me tratando! – ela também se levantou – Eu vou dar um jeito de me livrar desse jutsu e depois... Eu é que não vou ter pena de você Uchiha!
- Que? – estava abismado. Ela realmente havia me afrontado assim? De medrosa ela virou tão rápido corajosa... Eu fiquei extasiado depois daquilo... Devo admitir... Uma mulher “durona”... É o que me atrai... Mas, eu fingi que não me importava e deixei ela reclamando sozinha, até por que eu não admitiria nada pra ela. Aaah cara, nem tenho o que de admitir! Garota idiota...
A tarde correu rapidamente e tudo que eu via era uma garota extremamente bicuda do meu lado... Odeio manha ¬¬. Essa garota é muito estranha! Primeiro age feito um coelhinho assustado... E se rende facilmente sem ao menos tentar me atacar... Depois ela começa a se “soltar” e começa a me afrontar... Mas antes disso: ela chora! Essa garota deve ter um parafuso a solto... E está quase me deixando sem meus próprios parafusos! E mais uma coisa me irrita... Por que em toda chance que eu tenho de matá-la eu não assim o faço? Cara... Que merda!
Logo, começou a escurecer e o misto laranja do céu foi tomado pelos tons de azul, até enegrecer... E percebi uma movimentação em alguns arbustos. Segurei o braço de Hinata e ordenei que ficasse calada.
- Acho que tem alguém nos seguindo...
- Acha? Eu tenho certeza disso! - falei e notei ela me fitar com uma cara de “eu vou te matar!”. Ignorei e passei a prestar atenção no suposto inimigo...
Logo, algumas shurikens e kunais voaram até mim e Hinata, eu me desviei, mas a besta do meu lado acabou sendo ferida de raspão no braço direito.
- BAKA! – gritei a ela enquanto ela segurava o braço, sentindo a dor. Puxei-a pelo outro braço e ela fitou um local, usando o Byakugan.
- Eles estão ali! – fez um gesto muito sutil, apontando o local onde os inimigos se encontravam...
- Katon! Gouryuuka no jutsu – Ataquei e assim eles fugiram... Fiquei puto com isso... ¬¬
- Quem será que era?
- Não sei... Mas foi embora. – suspirei. – Vamos ficar bem atentos a partir de hoje... Use sempre que eu mandar o Byakugan!
- Agora você manda em mim? – ela parou na minha frente com as mãos na cintura, me encarando.
- Claro que sim! Enquanto estivermos presos a esse jutsu você é minha refém lembra-se? – respondi, por que ela não vê se é tão obvio? Garota estúpida!
- Hunf! – Ela empinou o nariz e voltou a me fitar, chegando bem mais perto – Mas eu não vou ser sua refém por muito tempo... – ela saiu com um sorriso pequeno mais confiante. Revirei os olhos. Aquela garota pensa mesmo que pode contra mim? Aff... Eu puxei o braço dela e ela me olhou um pouco assustada, mais ainda tentando manter a pose de forte.
– Olha aqui sua imbecil! Pare de me afrontar ta legal!? Eu que dito as ordens aqui! Ou parece que é burra demais pra entender? – Ela abaixou o olhar – Que bom que entendeu. – Peguei ela e carreguei-a nos ombros. Ela não iria tentar nada, e eu iria mostrar quem manda. Mas, por que eu estava... Achando-me um lixo por ter falado com ela daquela forma? Céus o que essa garota está fazendo comigo?!
Quando anoiteceu... Eu coloquei-a deitada no chão, mas não tão grosseiramente, eu havia achado uma clareira e o local parecia seguro. Sentei-me a seu lado, enquanto ela dormia, com um semblante triste, porém calmo. Uma mecha do cabelo dela caiu sobre seu rosto, e sem entender por que, tirei a mesma do rosto dela e comecei a fitá-la. Um sentimento estranho me invadiu, e parecia que me rasgava por dentro. Meu coração acelerou apertado por instantes e se acalmou depois. Ela havia quase acordado. Por que o medo de vê-la acordar e notar que eu estava assim tão perto? Suspirei e me levantei, fui até uns dois metros longe dela e me deitei, de modo que pudesse olhar o céu. Tinha poucas estrelas e muitas nuvens. Eu parecia assim... Só que se eu tinha tantas nuvens em mim... Algumas estrelas começavam a aparecer... Vagamente e fracamente. Acho que...
- Ah, esquece e dorme Sasuke! – murmurei e adormeci logo em seguida.
Capítulo 3
~ Uma semana depois...
Levantei-me e caminhei até ela e fitei-a um pouco curioso. Ela me olhou e estranhamente ela me sorriu.
- Jutsu... Medicinal, não? – Ela usava em cima de um corte na mão feita por uma pedra num riacho.
- Sim – ela respondeu com aquele sorriso estranho. – Fique calmo não estou tramando nada! – deu uma leve risada e eu franzi o cenho.
- Certeza? – aproximei-me e olhei-a por cima.
- Medo de mim Uchiha? – ela se levantou e chegou perto. Um metro de distancia seria muito.
- Medo? – virei o rosto e voltei logo a fitá-la com um sorriso – De uma fracassada como você? – Admito que eu goste de ser cruel...
- É... Você tem medo! – ela sorriu se sentindo vitoriosa e saiu.
“O que há com essa maluca?”
- Ei! Volta aqui sua besta! – segurei o braço dela, mais uma vez nossos corpos se chocaram, mas dessa vez eu me mantive firme. – Está querendo o que com esse joguinho? Só fingir não demonstra o quanto é forte! Você é uma farsa!
- Olha quem fala! Viver nesse seu mundo solitário e pensar que é forte o suficiente! Se eu finjo tanto ser forte por que você não admite fazer o mesmo?! – Permaneci calado pela primeira vez. Não só calado de não dizer nada... Mas eu nem ao menos consegui reagir ao que aquela garota havia falado. Ser forte... Eu sempre procurei a força... Ser um inimigo invencível para os meus inimigos... Mas... Ser apenas inimigo... Torna-me também fraco...?
OoOoOoO
“Por que estou agindo assim com ela?”
Eu carregava ela nas costas e ela dormia tranquilamente, parecia um bebê. Um bebê com belas pernas... CALA A BOCA SASUKE! Gritei mentalmente pra mim. Eu estava com raiva do que ela me fazia sentir e cada dia mais intensificava isso... Esse sentimento... No ritmo que estava, se continuasse... Tenho medo do que pode acontecer...
Medo?!
Eu NÃO TENHO MEDO de nada! Nem do que essa tartaruga lerda e pamonha me faz sentir...
De repente eu senti ela me envolver, mas como num abraço. Senti meu rosto esquentar e parei devagar para não acordá-la.
“Será isso? Essa garota me faz sentir ISSO?”
Não, não podia ser! Há anos que chamo esse sentimento de Mito. Não pode ser... Garota maldita!
A respiração dela no meu pescoço, as mãos delas segurando o meu corpo e o leve sorriso que ela dava sempre que ficava assim... Acho que pela primeira vez... Eu tinha que admitir... Ela me fazia sentir algo que... Bom... Só podia ser aquilo... Apesar de eu odiá-la ao mesmo tempo... Será possível?
Passou umas duas horas e ela acordou, e ela queria me mandar parar para comer... Agora só por isso não pararia! Quem pensa que é pra mandar em mim? Aff... Mas me arrependi depois de mais ou menos dois quilômetros correndo, ela havia passado mal, e até parecia estar com febre...
- Está bem? – E eu me preocupando com pouca coisa novamente... ¬¬’
- Acho que sim...
- Deixe-me ver... – Coloquei-a em pé na minha frente e fitei o rosto dela, ela suava frio e tremia. A testa dela indicava que estava realmente febril. Peguei-a no colo.
- Não se acostume...
- Obrigada... – ela murmurou e permaneceu séria.
Coloquei-a deitada no chão e apoiei a cabeça dela nas minhas pernas. Ela me olhou assustada quando ouviu algo rasgar...
- O que está fazendo? – ela parecia atordoada não só com a febre, e sim com a situação.
- Absolutamente nada. – peguei o cantil e derramei um pouco de água sobre o pano, torci e deixei o pano (pedaço da minha camisa) dobrado na testa dela.
- Me ajudar não significa nada... Hum...
- O que há? – perguntei sério, afinal o que aquela garota tinha?
- Absolutamente nada. – ela sorriu travessa, se levantou.
- Você é doida... Deite-se! Está com febre!- levantei-me a fim de colocá-la deitada novamente.
- Não sou tão doida quanto você... – ela deu um passo à frente.
- Eu não sou doido! – ela deu outro passo, colando seu corpo no meu.
- Mas vai ficar... – ela... Ela... ELA ME BEIJOU O_O
Beijou de um jeito tão intenso que eu não quis parar... Havia um tempo que não me saciava de tais desejos e aquela garota... Não era de se jogar fora... O problema seria se a Akatsuki descobrisse algo, afinal... Eles a queriam intacta... Até nesse ponto... Que merda. E eu estava pensando em me aproveitar da situação!
Eu a apertei em meu corpo e ouvi um pequeno gemido dela... Eu não agüentava mais aquilo... Retirei uma kunai e apontei no pescoço dela, a assustando...
- Volte a fazer isso... – eu respirei –... E ficará sem a cabeça.
- Sasuke... – ela me olhou de um modo, um tanto doloroso...
Ela apenas citou meu nome e sentou-se no chão. Me olhou com um sorriso muito triste e prosseguiu.
- Você não percebe?
- Perceber o que sua imbecil? – aquele melodrama dela me irritava às vezes. O sorriso dela sumiu.
- Eu to apaixonada por você... – ela abaixou a cabeça e começou a chorar baixinho. Meu coração se apertou e tive vontade de abraçá-la.
- Só o que me faltava... – murmurei. – Você se entregou facilmente aquele dia de propósito? – tentava ao máximo parecer firme.
- Hai...
Suspirei.
- Não alimente esperanças... - E eu pensando que a loucura dela era por conta de sua febre.
- H-hai... – ela soltou um pequeno soluço.
Estendi a mão a ela. E ela segurou minha mão de modo inseguro.
- O que significa isso? – ela perguntou me olhando nos olhos.
- Uma ajuda pra se levantar? – tomara que ela entenda nos vários sentidos...
- Ah... – ela não entendeu! ¬¬
Eu pensei que ela não havia entendido do modo na qual ela tinha se expressado. Mas o calor dela e o perfume que exalaram de seus cabelos, que estavam perto de mais de mim, denunciaram... Ela havia me abraçado.
Ela se apertou em mim e senti minha blusa ficar molhada. Nem sei por que... Mas cobri suas costas com meus braços... Assim a abraçando.
Eu já não entendia mais nada... Só tinha certeza de uma coisa... Ela mexia comigo... E de tal forma... Que me fez sentir o mesmo que ela...
Mas eu tinha que agir da forma na qual meu coração não pedia... Tinha que ser um estúpido com ela, ainda mais... Ela não podia se apaixonar por mim e muito menos eu por ela... Levantei seu rosto e olhei no fundo dos olhos dela, minha vontade foi de beijá-la e tomá-la pra mim, carregá-la dali e salvá-la dos planos da Akatsuki. Mas eu tinha que dizer uma coisa horrível pra ela...
- Se eu fizer algo com você... Será apenas por prazer... Nada mais me importa em você além de prazer e entregá-la logo para a Akatsuki.
- Então faça... Eu não me importo... Deixe-me ser sua... – ela chorava e eu estava lá... Sem ação, eu realmente não esperava por aquilo. Ela parecia desesperada. O que a levou a sentir isso? Logo por mim?
- Eu não farei nada por pena... – soltei-me dela e sai mais confuso que o normal. Meu coração saia pela boca e vi-a caída no chão, sentada e chorando novamente. Eu era um idiota... Enfim, ela acabou adormecendo rápido, já que sua febre ia embora aos poucos.
OoOoOoO
No dia seguinte, eu continuava com aquela sensação estranha no peito, acho que me sentia culpado por tais palavras... E quando eu parei para pensar, na noite passada, até perdendo meu sono, notei que ela me fez esquecer completamente a Sakura... Completamente... Mas, mais do que nunca eu me sentia vazio, tendo que ser cruel, estúpido e frio com ela. Ela ficou a sete metros de mim desde o acontecido. Ela sabia que a oito ela poderia passar mal, e pelo jeito, ela queria distancia, mas não tanta pra me fazer ter que carregá-la depois...
Ouvi um berro, me virei e vi-a sendo pega de refém. Eu estava tão inerte nos meus pensamentos que nem notei o inimigo se aproximar. Ele apontou uma kunai na garganta dela e me lembrei do que eu tinha feito a ela. Ela estava séria e me olhava como quem diz “me deixe ir... Melhor do que ficar com você”. Eu não deixaria isso acontecer... Não... Não deixaria que eles a levassem de mim. – “EU PENSEI MESMO ISSO? O_O”.
Mas ela foi mais rápida, e golpeou o homem antes mesmo que ele pudesse tentar algo contra. Enfiou a kunai do mesmo no ombro dele e vi ela se afastar dele e ir para o meu lado. Ela estava séria demais pra fazer isso... Será que eu a fiz tão mal que a tornei fria? Só uma coisa responderia isso...
- O que há com você? – fitei-a e fingi estar irritado.
- Eu apenas me defendi... – ela ao menos me fitou, mas... – Ou vai me dizer que preferia que eu fosse morta por aquele homem?
- Bem, eu...
- Imaginei. – e ela continuou andando.
Ela estava agindo de forma fria, e ela não combinava com isso... Eu não agüentava vê-la assim... Não... NÃO! Puxei o braço dela e a segurei em meu corpo. Ela nem relutava, estava quieta me olhando nos olhos, de uma maneira indecifrável. Eu não podia deixá-la... Gelada... Então... Tratei de derretê-la.
Beijei-a.
Depois de um tempo, que pareceu longo pra mim, a senti relaxar e colocar sua mão envolta de meu pescoço. Passei a mão sobre suas costas e desci meus lábios até o seu pescoço. Eu admito que estava passando do “apenas derretê-la”, eu queria mais... Mais... Eu a queria... E eu pretendia tê-la. Que se dane a Akatsuki... QUE SE DANE!
- Lembre-se que foi você que buscou isso...
- Isso o que? – ela me perguntou com a voz embargada.
- O que está prestes a acontecer...
- Uhmn... – ouvi ela dar uma risadinha e voltar a me beijar... Se ela era aquela Hinata de antes... Eu devia estar numa ilusão... Mas, uma ilusão maravilhosa...
Peguei-a no colo e corri... Logo encontrei um local seguro. O sol estava a pino e eu não queria fazer nada à luz do dia. Porém, ao encontrar uma fenda, no meio de um rochedo, vi que não seria necessário esperar anoitecer...
Capítulo 4
~ Já no rochedo...
Fui beijando-a e andando para frente, até que senti ela se chocar contra a parede de rochas. Há uns metros a frente havia uma gruta e parecia ter algo como um lago dentro. O leve barulho das águas se chocando nas pedras me fez notar isso.
Parei de pensar no local e me concentrei nela. Ela estava com a face rosada e me beijava com muita vontade. Segurei firme sua cintura e apertei-a contra mim, fazendo-a soltar um gemido baixinho. Ao nos separarmos por falta de ar, vi-a fitando-me nos olhos e começou a falar num tom bem baixo...
- Uchiha... O que você fez comigo? – ela ofegava e parecia que logo iria me beijar, pois não parava de olhar meus lábios.
- A questão é: O que eu vou fazer... – sorri e logo desci meus lábios pelo pescoço dela. E devo admitir que aquela roupa toda dela me incomodava.
Retirei seu casaco e vi a moldura maravilhosa que formava seu corpo com mais clareza. Porém ela ainda usava um sutiã coberto por uma regata preta. Meu membro já pulsava forte e uma vontade louca me subiu pela garganta. Ela estava segurando-o e fazendo um movimento leve e circular, mesmo que por cima da calça. Eu queria gemer. Mas eu não daria esse gostinho a ela. Queria que ela gemesse e gozasse pra mim... Nunca quis dar tal prazer a uma mulher como agora quero dar a ela.
Ela me virou contra a parede e eu vi aquele brilho estranho e misto que há dias os seus olhos tinham. Ela passou as mãos pequenas e brancas pela minha barriga por debaixo da camisa, levantou a mesma e começou a distribuir beijos e chupões em todos os lugares que conseguia, devagar e de modo sensual.
Segurei seus cabelos abaixo da sua nuca e torcia para que ela entendesse o recado. E assim aconteceu. Ela desceu os beijos e criou um caminho até o cós da minha calça. Ela a abriu e abaixou devagar, junto com minha outra veste. Ela devorou com os olhos meu membro, que nesse momento se encontrava enrijecido e roxo.
Não tinha palavras para aquela sensação. Tantas outras fizeram o mesmo e nenhuma chegou aos pés de Hinata. Ela começou passando a ponta da língua pela glande em movimentos circulares, aos poucos os carinhos foram ficando intensos. Leves chupões por toda a extremidade do meu membro foram sendo agraciadas com aquela boca sedenta... Eu queria que ela engolisse logo, queria sentir a boca quente dela sendo lotada de gozo. Apertei mais o modo que segurava os seus cabelos e a fiz finalmente senti-lo inteiro.
Aos poucos, a cada brincadeira ágil com a sua língua no meu pênis, sentia o ápice chegar e comecei a gemer. Já era inevitável.
Momentos depois, eu lotei sua boca de esperma, e ela parecia se deliciar. Ela ainda estava louca para me sentir dentro dela e eu sabia disso. Só de imaginar eu já sentia-me excitado. Levantei-a e beijei-a com volúpia. Tirei sua regata e sutiã, logo também sua calça. Notei aquela ultima peça e mesmo por cima passei minha mão de modo intenso no clitóris dela. Vi ela tremer e segurei sua cintura, ela parecia sedenta.
Meus dedos entraram por debaixo de sua calçinha e notei como ela estava molhada. Coloquei de uma vez dois dedos dentro dela e ela mordeu os lábios em resposta ao meu ato. Fiz movimentos de vai e vem, deixando mais molhada ainda. Usei disso e passei meus dedos por seu clitóris a masturbando. As pernas dela perderam a força e notando que ela estava pronta, parei. Queria provocá-la.
Joguei seu casaco no chão, me sentei e puxei-a. Ela caiu perfeitamente encaixada em mim e vi ela soltar um gemido tão gostoso que me fazia querer gozar novamente. Concentrei-me naqueles seios fartos e de bicos rosados. Suguei e mordisquei-os.
Ela ia rápido e fundo. Senti raiva daquele que provou desse corpo antes de mim. Eu massageava suas coxas e também conduzia, momento ou outro, sua cintura. Senti-me chegando no ápice novamente. Como ela era boa! Ela contraiu seu ventre me mostrando que estava já no seu limite e que agora gozava, dando gemidos abafados pelos meus lábios que a beijavam.
Logo, gemi junto dela e também cheguei ao meu limite.
Minha cabeça rodava, estava satisfeito e tenho que admitir... Estava feliz... Pendi minha cabeça para traz e notei que ela apoiava seu rosto no meu peitoral. Ela ofegava e estava sorrindo. Meu coração estava tão descompassado como o dela deveria estar. Toquei seu ombro e ela me olhou.
- Quer descansar?
- Sim... – ela sorriu e meu beijou levemente. Saiu devagar e vi meu gozo escorrendo devagar pelas suas coxas. Eu ajeitei minha camisa e o casaco dela no chão aonde pudéssemos deitar. Quando ela deitou, me abraçou e sussurrou algo que... Eu não pensava que iria ouvir...
- Eu te amo...
Ar...
Ele se foi e abandonou meus pulmões. Mesmo em estado de choque, a abracei e deixei que ela dormisse.
OoOoOoO
“ - Se eu fizer algo com você... Será apenas por prazer... Nada mais me importa em você além de prazer e entregá-la logo para a Akatsuki.
- Então faça... Eu não me importo... Deixe-me ser sua...”
Lembrei-me do que havia acontecido no dia anterior. Eu não me reconhecia... Eu queria permanecer ali com ela pra sempre e nem me lembrava mais o por que de estarmos juntos naquele momento...
Ah... Sim. Akatsuki. Que merda! Eu não queria mais entregá-la. E agora aquele anjo de olhos perolados dormia tranqüila em meus braços...
Eu não sabia o que fazer pela primeira vez na minha vida...
Capítulo 5
Havia me decidido; e eu estava me achando um louco... Tudo pelo que lutei e acreditei, minha ganância por força e mais força... Passaram a ser como um vulto perante meus olhos. Eu não acreditava no que sentia e previa que agravasse. Eu estava... Apaixonado... E essa maluca de olhos perolados, manhosa, estranha e... Linda demais, era a garota da vez...
Me apaixonei muito pouco na minha vida, e antes eu nem relevava as meninas malucas que me “amavam” – na verdade eram obcecadas... – e uma delas foi Sakura... A atual mulher do... Naruto.
Suspirei...
- Ainda é tão difícil assim... – pensei alto sem querer, mas a mulher em meus braços não acordou.
Ela se remexeu um pouco e abriu os olhos, sorriu e levantou o rosto para me beijar. Fiquei apreensivo e hesitei, porém ao sentir o cheiro de carmim dos seus cabelos e me deixar levar, beijei-a. Eu estava sentindo e conhecendo novas sensações e eu não queria mais me desgrudar dessa maluca...
- Sasuke... – ela disse num sussurro, porém estava séria – Tem alguém acima do rochedo... – eu levantei meus olhos e me concentrei, enfim, pude sentir um chackra muito conhecido... – Acha que é... Alguém da Akatsuki?
- Tenho quase certeza... – suspirei - Vamos nos vestir... – ela se levantou e eu logo após, nos vestimos rapidamente e nos aprontamos para sair dali...
- Você confia em mim? – ela virou do nada e me perguntou.
- Mas que diabo de pergunta é essa?
- Eu tenho um plano...
- Aah sim... – Agora fazia sentido.
- Vamos ao ponto inicial: antes desse... Ahmn momento... Eu era o que?
- Refém...
- Então... Vamos fingir que ainda sou.
- Será que vai dar certo?
- Se tentarmos... Talvez.
- É... Não custa tentar...
Ela se pôs de costas e eu a agarrei.
- Vai ser ótimo te segurar assim de novo... – falei malicioso.
- Adiante com o plano meu bem... Adiante... – ela disse com a voz rouca.
Eu a coloquei no ombro e comecei a saltar, chamando assim, a atenção da dita pessoa.
- HEY!!!!
- Ahmn? – me fiz de desentendido. – sussurrando.
- Hey você! – chamou dando saltos e se aproximando, enquanto Hinata fingia estar desacordada.
Me virei e vi aquele traje sombrio cobrindo o corpo da moça.
- O combinado foi de eu levá-la até vocês...
- Mas já que estou aqui, pode me entregar ela. – disse friamente.
Aquela garota era estranhamente quieta. Pelo menos naquele momento... Caminhei até ela e vi Hinata se mexer em meus ombros, parecia que algo estava errado, e essa foi a forma de me mostrar...
Algo estava realmente errado, pois a mulher que estava nos meus ombros se transformou em um tronco... Senti um calafrio estranho percorrer minha espinha e o rosto de Konan se abrir num sorriso maléfico.
- Achou realmente que iria esconder seu romance com ela, Uchiha...?
Eu caí ao chão muito antes de responder. A última visão que tive foi de Hinata também caída no chão, aos pés de Konan...
OoOoOoO
Foi realmente muito estranho. Pois tudo parecia um sonho, até se tornar um pesadelo... Eu estava algemado pelos braços e pernas num local escuro e úmido. O que me lembrou um pouco das cavernas onde antes me refugiava com Hinata.
Minha respiração estava pesada e minha cabeça parecia que ia explodir. Ouvi um gemido ao meu lado e notei que não estava sozinho ali. Era Hinata! Eu quis gritar por ela, mas nada adiantaria, pois agora os dois estavam presos como reféns.
"Essa é a parte ruim de se apaixonar!"
Ainda mais por quem não se pode apaixonar.
Olhando bem mais atentamente, percebi que o rosto dela estava ensangüentado, como se ela tivesse levado uma pancada forte na cabeça. Mas... Não era só o rosto que estava ensangüentado. Ela toda estava pintada pelo próprio sangue e parecia até ter sido esfolada viva. Meu coração apertou... Eu não podia fazer nada? Nada mesmo? Senti-me um inútil... Aliás, eu sou um inútil!
Meu pesadelo real ficou pior ao notar Konan entrar com uma bandeja em mãos. Tinha um pano muito branco e uma vasilha com água limpa. Ela veio até mim e começou a tratar das minhas feridas.
- O que você pretende com isso...?
- Já tiramos dela o que queríamos... – ela nem olhava pra mim enquanto respondia. Ela passou a mão pequena no meu peitoral e a outra deslizou segurando o pano encharcado em mim.
- O que fizeram com ela?! – a raiva subia pela garganta e se eu conseguisse me soltar, essa garota morreria! – Fale!
- Sasuke, Sasuke... – Ela sorriu e aproximou os lábios dela dos meus – O que nela é mais precioso...? – ela riu e saiu dali. Não havia ponto de interrogação...
Passou um tempo...
Já estávamos presos ali há três semanas, e eu estava exausto, preocupado com Hinata... Com tudo o que fizeram a ela. Eu fui um fraco, deveria ter notado que ali na mesma hora que tomava Hinata... Konan observava-nos. E no calor daquele momento, eu me esqueci que poderiam estar nos seguindo... Há quanto tempo já nos seguiam? Eu não sabia o que pensar...
Tanto que pelo cansaço, acabei caindo no sono.
OoOoOoO
Quando eu acordei o local estava enfim claro. Como se estivéssemos num quarto claro com as cortinas totalmente abertas... E foi isso que foi estranho... Nós dois estavam num quarto. O que será que tinha acontecido?
Logo, alguém entrou no quarto, e me surpreendi...
- Como está?
- Você?! – estava tendo uma alucinação?! Caramba...
- Não... A Tsunade! Não está vendo os peitões? É claro que sou eu né Sasuke!
Abaixei a cabeça e puxei o ar com dificuldade. Virei meu rosto e vi Hinata do meu lado, deitada com a cabeça em meu ombro.
- Você está bem?
- Claro que não... – murmurei. – Como nos achou?
- Eu e o Kakashi-sensei, fomos até a região que vocês estavam presos e... Sentimos o seu chackra... Achamos estranho o fato do chackra dela... Ter passado despercebido...
Eu ajeitei Hinata no travesseiro e sai cuidadosamente dali. E ele me parou.
- Você precisa ficar com ela Sasuke. – disse de um jeito autoritário.
- O que eu preciso é resolver isso tudo... – suspirei.
- Quanto mais você lutar... Mais vai demorar pra você conseguir ficar com ela. E sei que agora, é esse o seu maior desejo.
- Mas eu tenho que matá-los...
- Então, após matá-los, mate-se também. Por que eu sei que você cooperou com isso no começo! – exaltou-se e segurou o meu braço. – Você vai ficar!
- Quem você pensa que é pra fazer isso? Seu idiota!
- O Hokage... – Ele me olhou de um jeito furioso. – Você vai ficar... Deixe isso com os ninjas de Konoha... Descanse e fique com ela... Agora ela precisa de você... Por que provavelmente... – ele a olhou tristemente – Ela vai precisar dos seus olhos...
Permaneci em silêncio. Pela primeira vez me vi obrigado por ele a ficar. Era o certo a se fazer... Por que agora, me vingar não adiantaria de nada...
- Fique aqui o tempo que precisar, está bem? Qualquer coisa... Me chame. Estarei na minha sala resolvendo algumas coisas. – ele saiu e me mostrou que realmente tinha algo de novo nele. Ele havia mudado. Não era mais o perdedor que era quando estávamos no time 7.
O Uzumaki havia mudado...
Fui até a cama e sentei-me ao lado de Hinata. As pálpebras dela ainda estavam um pouco roxas... E ela estava muito pálida. Toquei sua face delicadamente e beijei seus lábios da mesma forma.
- Você vai ficar bem... Minha pequena... – eu disse ainda com os lábios encostando-se aos dela.
Levantei um pouco meu rosto e vi melhor o estado dela. Retirei até a parte da cintura o lençol e vi as feridas espalhadas pelo abdômen dela. Ela estava toda enfaixada. Apesar das feridas, a recuperação dela estava muito lenta. Será que alguma ninja médica já havia cuidado dela? Bom, se alguma viesse, só deixaria uma cuidar de Hinata...
Eis que essa tal ninja médica, entrou no recinto.
- Olá... Sasuke-kun. – Ela disse docemente – Como ela está? – perguntou para mim, preocupada ao ver o estado de Hinata. Percebi que ela estava disfarçando o seu incômodo de me ver.
- Parece que ela está com algum problema para se recuperar... Suas feridas estão demorando a sarar...
- Uhmn... – ela tocou a testa de Hinata e olhou-a tristemente.
- Pode cuidar dela? ... – ela me fitou como quem diz “Não é óbvio?” e logo em seguida revelou mais um sorriso. Eu suspirei e andei até a janela. Eu tinha voltado para Konoha... E a longo prazo...
Agora só uma dúvida me tirava do sério... Como Kakashi e Naruto nos tiraram de lá?
OoOoOoO
Capítulo 6
Quando Hinata acordou, ela parecia se sentir melhor. Cheguei bem perto dela e dei-lhe um beijo na face ainda pálida.
- Sasuke... - ela deu um leve sorriso, ela parecia exausta.
- Boa tarde minha linda... - toquei seu rosto levemente.
- Dormi tanto assim?
- Sim, dormiu... Um dia e meio direto. Sakura está cuidando de você...
- Uhmn...
- Que foi? - Achei engraçada a sua careta.
- Não é que... Você voltou para onde nunca pensou voltar...
- É... Culpa sua! - eu soltei um pequeno riso e não resisti em tomar os lábios da Hyuuga.
Logo após alguns minutos, abriram a porta de supetão.
- Sasuke! - chamou o Hokage exibido...
- O que foi Naruto? - Olhei pra ele com pouquíssima paciência...
- Preciso falar com você... - percebeu Hinata e a cumprimentou – Ah, olá Hinata-chan! Se sente melhor?
- Uhmn... Acho que sim... - Ela virou o rosto... Talvez ela ainda sinta algo por ele...
- Qualquer coisa pode me chamar tá! - Naruto disse preocupado. Senti meus dentes rangerem...
- Se ela precisar eu vou estar com ela! - disse acariciando os cabelos da minha morena...
- Está bem... Venha Sasuke... Precisamos conversar!
- Ok... - beijei os lábios dela rapidamente, e segui o Hokage... - “Quando ela abrir os olhos eu vou ver realmente se ela está bem... Acho melhor Sakura cuidar disso...”
OoOoOoO
- Como se sente Hinata-chan? - Perguntou a ruiva.
- Ah... Sinto-me um pouco estranha ainda... Minha cabeça dói muito...
- Vou fazer um pequeno teste tá?
- Ok...
- Relaxe e abra os olhos devagar.
Hinata abriu devagar as pálpebras cansadas e...
- Consegue me ver? - Sakura perguntou preocupada.
- Pouco... Bem pouco...
- Eu vou... - suspirou – Fazer uns curativos e logo se sentirá melhor... Sua vista deve melhorar completamente em um mês. - Ela se sentia tão calma com a notícia.
Enquanto Sakura fazia os curativos Hinata pensava em tudo que lhe ocorreu nas ultimas semanas... E parou seus pensamentos naquele dia em que... Foi tomada por Sasuke. Sentiu seu rosto esquentar um pouco.
- Já terminei o curativo!
- Obrigada Sakura-chan! - Hinata sorriu.
- Não há de que... - Sakura beijou a testa dela e abriu a porta para sair – Logo lhe trago seu café!
- Ok! - Então Sakura saiu.
OoOoOoO
Naruto estava sentado na janela... Hunf! Nem parecia um Hokage dessa forma! Ele falava, falava, falava... E só Hinata me vinha a cabeça... Será que a visão dela está boa? Será que ela ainda sente dor? Meu coração estava apertado de tanta preocupação com minha morena...
- E foi assim!
- Heim? - não prestei atenção em nada!
- Não prestou atenção né?!
- É...
- Sei que está preocupado com Hinata mas a Sakura está cuidando dela!
- Uhum... - Lembrei-me de quando fui buscar Hinata na vila e vi os dois se beijando... - E pra quando é a criança?
- Heim? - Naruto perguntou sem entender! Continua um tapado mesmo!
- Sakura não está esperando um filho seu!?
- Ah – Ele sorriu – Sim... Ela está grávida de 6 meses... Daqui a pouco nasce... - Os olhos dele brilhavam.
- Que bom... - Senti sim algo estranho... Como se fosse um peteleco na cabeça me dizendo “Acorda!!”.
- E a Hina?
- Como?
- Vocês estão juntos, né? - ele fez uma cara muito curiosa...
- Sim... Estamos mas...
- Mas?
- Tá pensando que ela tá grávida?! O.O – olhei espantado.
- Não... Mas é uma né! XD
- Babaca...
Naruto saiu de cima do batente da janela e andou até mim.
- Eu estava falando de como eu e o Kakashi te achamos...
- Ham... E como foi? - “Pelo jeito foi bem idiota... Do jeito que ele falava antes...”
- Ah, foi bem... Fácil até... Sentimos o seu chackra, mas não o da Hinata... Achei estranho encontrá-la lá e o mais estranho de tudo... É que não havia ninguém protegendo a entrada do esconderijo e muito menos dentro do local... Como se fosse de propósito... Kakashi volta lá todos os dias pra ver se acha alguma coisa...
- O local é assim tão perto daqui?
- Sim, isso que foi mais estranho ainda... Estou pensando sériamente em voltar lá hoje de madugada com Kakashi... Se quiser ir junto... Precisamos investigar... Tá tudo muito estranho... - Ele lançou um olhar preocupado pro nada...
- Você acha que... Eles usaram eu e a Hinata como distração?
- Pode ser... Eles poderiam estar atacando um outro lugar importante ou alguém... E como eu e o Kakashi fora da vila... Eles poderiam atacá-la... Fazer reféns... Sei lá!
- Acho que eles não fariam nada... Não nessas circunstâncias...
- Como assim?
- Seria fácil demais... E eles provavelmente, devem querer muito te matar... E tendo a vila como público... Pra eles seria uma brincadeira boa... Até por que você matou muitos dos membros da Akatsuki...
- Faz sentido...
- Posso te dar um conselho?
- Claro.
- Não procure mais nada naquele local onde eu e Hinata estávamos... É só mais uma distração... Precisamos descobrir o que eles querem... Por que... O Byakugan de Hinata já foi retirado... E o Chackra dela está quase em zero... Não quero que mais nada aconteça com ela!
- Quer que eu coloque seguranças em volta do quarto dela?
- Não... Eu mesmo vou cuidar dela... Qualquer coisa... Eu chamo por ajuda... O que eu acho bem difícil...
- Continua se achando um máximo né? - Ele riu e eu franzi o cenho. Eu não me acho... Eu sou!
OoOoOoO
Lá estava ela... Era de noite e ela estava deitada naquela cama e com curativos em torno dos olhos. Queria poder vê-los... Será que continuam perolados? Ou estão negros? Talvez azuis...
Suspirei
- Sasuke? - ela sorriu e me chamou.
- Te acordei?
- Não... Eu estava só relaxando... - ela estendeu a mão um pouco – Venha até aqui.
- Pronto - Sentei-me na cama e peguei sua mão.
- Me beija? - Sorri com o pedido inocente dela.
- Claro que sim minha linda... - tomei seus lábios de modo calmo, não queria cansá-la mais do que já estava...
Ela passou sua mão delicada pela minha nuca e me puxou um pouco mais pra si. Minha mão deslizou sem pensar por seu corpo e senti uma vontade em mim crescendo... Queria muito tê-la... Mas com ela assim... Tenho medo de machucá-la.
Mas meu corpo não respondia... Só agia...
- Se sente bem? - perguntei... Não queria fazer nada que ela não quisesse...
- Sim... Sasuke... Me ajude a ir até o banheiro? Preciso lavar o rosto e tirar os curativos...
- Não precisa se levantar... Eu vou até lá e pego um pouco de água... Quero me sentir útil... - deu uma risadinha.
- Hehe... Está bem...
Pequei uma vasilha pequena e coloquei água dentro, na verdade eu queria jogar um balde de água fria em mim... Eu estava quente e a queria muito... Mas no momento ela parecia não querer...
Fui até ela e retirei calmamente o curativo, e vi suas pálpebras já normalizadas, somente com um pouco avermelhadas... Ela abriu os olhos e eu tive que sorrir... Seus olhos continuavam com aquele perolado maravilhoso... Ela é muito linda...
Quando terminei de limpar seu rosto, coloquei a vasilha numa mesinha do lado da cama e toquei seu rosto.
- Eu não consigo te ver direito Sasuke...
- Eu imaginei...
- Hum... Mas posso sentí-lo... - ela passou sua mão no meu rosto e eu fechei os olhos aproveitando o carinho...
Deitei-me ao seu lado e ela virou-se pra mim. A mão dela passeou pelo meu corpo e me deixou quente. Cheguei bem mais perto dela e deixei ela sentir o volume da minha calça... Ela gemeu baixinho...
- Sasu...Ke...
Nossas pernas estavam entrelaçadas e nos beijávamos com muita intensidade. Levantei devagar a regata que ela usava e a joguei longe, desci um pouco e comecei a beijar seus seios, ainda que estivessem com o sutiã. Ela estava com alguns machucados pequenos e arranhões... Desvencilhei-me desses pensamentos e voltei a beijá-la, agora nos lábios.
Ela segurou firme meu cabelo com uma mão e deslizou a outra nas minhas costas, me arranhando. Eu tirei seu sutiã e logo me concentrei em um dos seios, beijando e sugando... Ouvindo os gemidos dela, eu intensifiquei o carinho, mordiscando também... Ela desceu sua mão e entrou em minha calça, segurando firmemente meu membro enrijecido, me masturbando.
Ela soltou-me uma hora e abaixou minha calça junto da cueca, senti-me livre pra fazer o mesmo com ela. Antes que ela voltasse a me tocar, eu desci e comecei uma pequena tortura... Passei a língua bem forte e ela gemeu, comecei a lamber e mordiscar toda sua feminilidade. Ela tinha um gosto maravilhoso... Quando coloquei minha língua na sua entrada e ia entrar ela me chamou...
- Sasuke... Me tome logo... Eu não aguento mais esperar...
Sorri. Foi inevitável não querer isso. Me ajeitei e entrei nela devagar. Ela apertou os olhos e entreabriu os lábios, beijei-a e fui me movimentando mais rápido, até que logo se tornou um ritmo tão frenético que parecia que eramos um. Ela gemia e eu também, ela era gostosa demais por dentro... Quente, úmida, confortável...
Com um gritinho baixo dela e senti-a contrair-se, os espasmos dela, provocaram os meus. Gozamos juntos...
Sai de dentro dela, e logo deitei ao seu lado. Ela virou pra mim e beijou meu rosto, ela era linda, ainda mais com aquelas pequenas mechas de cabelo grudadas na sua testa suada.
- Acho melhor você dormir minha princesa... - beijei sua testa e ela fez que sim com a cabeça.
- Boa noite amor... - se ajeitou em mim, eu puxei um lençol e a abracei.
- Boa noite...
Ela caiu no sono rápido e eu fiquei ali... Olhando-a dormir... Tão linda... Tão delicada... E mesmo assim... Eu sendo completamente o contrário do tipo de homem que combina com ela... Ela está comigo...
- Eu te amo minha linda... - abracei-a mais e o sono me venceu.
OoOoOoO
Capítulo 7
De manhã eu acordei e Hinata não estava na cama, estranhei muito por que no estado dela, ela deveria estar muito cansada ainda. Levantei-me e fui até o banheiro, queria tomar um banho bem relaxante. Fui até lá e continuava nu da noite anterior, então entrei direto no box, porém, quando entrei vi Hinata caída no chão e sem pensar a peguei no colo e levei-a até a cama, deitei-a e vi um pouco de sangue sair de seu nariz. A vesti e logo após eu. Eu sabia que o meu orgulho era grande e eu queria cuidar dela sozinho, mas nessas circunstâncias, era bom levá-la ao centro médico e chamar a Sakura para vê-la. Foi o que eu fiz. Coloquei-a novamente no colo e a levei até Sakura. Chegando lá, encontrei também a Ino que desde que cheguei na vila, não a tinha visto.
- Sasuke?!- berrinho escandaloso.
- Agora não Ino, preciso levar a Hinata até a Sakura! - e corri até lá.
- Ué! Quando ele voltou?? - se perguntou, pude ouví-la.
Cheguei até a recepção e pedi a uma moça por Sakura, que logo veio.
- O que houve? - disse espantada.
- Eu a encontrei no banheiro caída, e acho que ela quando caiu também bateu o nariz.
- Vamos, leve-a até o quarto 12, ele está vago.
- Sim...
Logo que a coloquei no leito, Sakura chegou e começou a examiná-la.
- Acho que vou precisar tirar um pouco de sangue dela pra verificar se não tem mais nada... Pensei que só o fato da vista pudesse deixá-la mal... Mas a recuperação dela sobre isso está boa e rápida... - Abriu os olhos dela com cuidado e acendeu uma lanterninha em cima para ver se a pupila dilatava. - Quero fazer alguns exames básicos nela... Ela vai precisar ficar aqui...
Suspirei
- E o que pode ser?
- Talvez nada... E ela tenha caído por que ficou deitada por muito tempo e se sentiu tonta... Mas, pode ter vários motivos para essa queda... Com relação ao nariz dela, ela só arranhou ele um pouco por dentro, mas ao que eu vejo não está com nenhuma lesão... Fique calmo está bem Sasuke-kun? - sorriu – Ela vai ficar bem.
- Uhmn, assim espero.
OoOoOoO
Shikamaru ia andando até trombar com uma Ino completamente eufórica.
- Yare,yare... O que houve? - perguntou sem saco algum.
- Sasuke voltou!! - O.O
- Como? - bocejou – Você falou rápido demais!
- Seu lerdo! Eu estou falando que o Sa-su-ke vol-tou! - disse irritada.
- Tá, e dai?
- E dai que ele voltou *-*
- Você é problemática demais garota!
- Só não entendo o por que de ele estar levando a Hinata para o hospital...
- Talvez eles estejam juntos... - colocou as mãos atrás da cabeça e foi andando devagar.
- O que?? Nãaao! Com ela? Duvido muito... Ela sempre foi tão apagadinha... Ele gosta de garotas como eu! - Fazendo uma pose de glamuor.
- Vou pra casa... É melhor do que ficar te ouvindo tagarelar! - ele deixou-a falando sozinha.
- Ei Shikamaru! Volta aqui seu idiota! Eu não terminei de falar.
- E daí? Quem disse que to com saco de ouvir?
- Ò.Ó
Shikamaru ignorou totalmente ela, mas não o fato de Sasuke ter voltado. Então, ele foi até Naruto, saber se era verdade.
- Yoo Naruto!
- Aah, pode entrar Shikamaru! - ele entrou – O que te trás aqui? - perguntou animado e largando uma pilha de documentos de lado.
- A Ino me encontrou hoje de manhã e ela me disse que... O Uchiha tinha voltado... É verdade?
- Aham! Finalmente trouxe ele de volta! - sorriso estampado – Mas... - sorriso desbotado – Encontramos a Hina-chan junto dele... Foram pegos pela Akatsuki.
- Mas ele não trabalhava para a Akatsuki?
- É... Verdade... Mas ele também foi feito de “refém”... - franziu o cenho.
- Então... Por que a Hinata estava com ele?
- Ela era a refém dele!
- Que complicado! -.-
- É... :/
- Mas pelo menos ela está de volta não é? Depois de umas 6 semanas...
- Sim, mas, a Akatsuki conseguiu algo dela...
- Byakugan? - o.o
- Sim... O chackra dela está muito fraco... Quando eu e o Kakashi-sensei encontramos Sasuke, sentimos somente o chackra dele... E ela estava muito mal... Toda ferida...
- Nossa... Mas... Me diga uma coisa... A Ino ficou maluca quando viu ele levando ela pro hospital hoje de manhã... O que eles tem?
- O que?? Ela está internada?! - Levantou-se da mesa e apoiou os braços na mesma – O.O
- Sim, pelo que a Ino disse...
- Ah, eu vou lá vê-la! - Ia saindo quando Shikamaru o chamou de novo.
- Mas você não me respondeu o que perguntei!
- Eles estão juntos sim! Fui!
E ele saiu correndo.
- Interessante... - bocejou – Acho que vou dormir... -.-
OoOoOoO
Eu andava pelas ruas da aldeia quando uma maluca pulou no meu pescoço.
- Saaaasuke!! Que bom que voltou! - E me deu vários beijos no rosto, credo!
- Ino! - Me soltei dela – Poderia ser menos escandalosa pelo menos?? - ¬¬
- Aai, desculpinha Sasuke-kun! - me abraçou – E ai... Voltou por que? - piscando os olhos pra mim.
- Por você que não seria! - -.-
- Hum... Continua mal então é? - deu uma risada e me olhou atrevida.
- Aff... Tchau!
- Ei Uchiha!
- Não me erra...
- Auhm... - fez bico.
Só o que me faltava, uma louca pulando em cima de mim. Continuava andando quando resolvi voltar ao hospital. Chegando lá, eu me sentei numa cadeira ao lado de seu leito e ela estava começando a acordar.
- Ahmn... Sasu..Ke... Onde estou?
- No hospital da vila...
- O que houve?
- Te encontei desmaiada no box...
- Nossa... É verdade... Me lembro de ter ido tomar banho e logo depois que entrei no box... Eu apaguei! - ela me parecia assustada.
- Que foi Hinata? - apoiei a cabeça no leito dela, ao lado do ombro dela.
- Você parece um cachorrinho assim... hehe
- ¬¬
- Você ficou muito fofo! - riu de mim e até recuperou um pouco a cor do rosto.
- Saquei... Me chamar de cachorro é o teu remédio né?
- Aaaham! - disse ela ainda rindo da minha cara, eu deveria estar mesmo engraçado, por que ela não parava de rir! -.-
- Maluca...
- Haha... Tá, parei! - e tapou os lábios para não voltar a rir.
- Se sente melhor? - me ajeitei no leito, virando o rosto pra ela.
- Um pouco...
- Que bom... - dei um sorriso de canto, e estranhamente ela corou.
- Que é?
- Você fica lindo assim... - E ela bateu os dedinhos um no outro, parecia a antiga Hinata naquele momento.
- Eu sei... - fechei os olhos e relaxei meu corpo, acho que eu ia dormir...
- Se está com sono vai dormir na sua casa Sasuke, não aqui no hospital...
- Não...
- Por que? Teimoso!
- Porque não quero te deixar sozinha aqui... - Olhei sério pra ela.
- Ah... Tá... - corou de novo. Bobinha...
Antes que eu dormisse lá, com ela me fazendo um cafuné na cabeça, Sakura entrou.
- Licença... - abriu um pouco a porta – Já tenho os resultados do exame!
- Já? Tão rápido? - perguntei.
- Que exames? - Hinata perguntou.
- Fiz algumas análises sanguíneas de você. - Ela estava quieta, mas parecia animada.
- E o que é? - Perguntei agoniado.
- Me deixe sozinha com ela Sasuke? - Ela me perguntou e eu não neguei... Afinal, ela é a médica...
- Está bem... - saí a contragosto...
Passou um tempo e Sakura saiu do quarto. Eu estava apoiado na parede do outro lado do corredor, e logo ela me chamou.
- Hinata quer falar contigo... - fez uma cara de animada de novo... E foi aquilo que me assustou! O.O
- Hai...
Entrei no quarto e vi Hinata olhando pro teto, calada, mal parecia que ela respirava... Quando ela me notou, me olhava de modo um pouco assustado também.
- Que você tem amor? - Eu chamei ela de amor? o.O
- Ahmn...
- Fala! - eu tava preocupado com o silencio dela...
- Eu to bem! - ^^
- “Sorrisinho forçado...” - Anda, me conta a verdade!
Ela suspirou e começou a chorar... Eu não estava entendendo nada! Vê-la chorar me quebrou. Sentei na beirada do seu leito e segurei sua mão, em seguida beijei sua testa e tentei acalmá-la.
- Jura que não vai ficar bravo comigo?
- Cla-claro...
- Sério mesmo?
- Sim!
- Está bem...
- Pode me contar Hinata... - toquei sua face...
- Eu to com uma coisa...
- Que coisa?
- E que talvez você não aceite...
- Para de enrolar e me conta amor...
- Eu... Eu...
- Eu?
- To...
- Tá o que? - comecei a imaginar o que era, e acho que congelei com as possibilidades! O.O
- Grá... Grávida... - Ela pegou o travesseiro e tampou seu rosto com ele.
Eu perdi a fala, fiquei olhando o nada com cara de idiota, com certeza.
- Mas... só... Aconteceu... duas vezes... E uma foi ontem! - olhei-a.
- Então foi na primeira...
- Nossa... - Fiquei olhando pro chão...
- Tá bravo né? - ela começou a chorar. - Ai... Me desculpa! - e chorou mais, isso me despertou.
- Por que pedir desculpas?
- Por que... Acho que você não queria isso... - enxugou uma das lágrimas com as costas da mão.
Suspirei
Era uma situação complicada...
- Não tem que pedir desculpas... Por que, mesmo sendo uma notícia... Muito... Muito inesperada... Eu não estou bravo...
- Não? - enxugou outra lágrima.
- Não...
- Então...
- Eu já imaginava que se continuássemos assim... Logo, logo... Essa notícia viria.
- Uhmn...
- Só não imaginava... Que seria tão cedo...
Que silêncio que se formou! Foi muito estranho. Eu não me sentia feliz e nem triste, muito menos bravo... Eu estava... Anestesiado! A ficha ainda não caiu!
Depois disso, nenhum dos dois não falou absolutamente nada. Apesar de não estar mal com a notícia. Meu silêncio pareceu um martírio pra ela... Então, mesmo não conseguindo falar nada naquele momento... Eu disse uma coisa... Que acho que foi a coisa mais certa a falar...
- Só tem uma solução... - chamei sua atenção.
- Q-qual? - me olhou ainda com cara de choro.
- Casa comigo... ?
Naruto ia abrir a porta quando ouviu o pedido do Uchiha, sorriu e foi embora.
OoOoOoO
Capítulo 8
Algumas horas depois, eu e Hinata saímos do hospital e fomos pra minha casa... Mas, ela ainda não havia me respondido nada após o pedido... Me senti estranho. Queria muito que ela aceitasse... Mas será que agora é o melhor momento? Digo... Com a Akatsuki aprontando alguma (com certeza) e agora que acabei de voltar pra vila... Sei lá...
- Sasuke... - Ela me despertou dos meus pensamentos.
- Sim?
- Antes... Quando você me fez aquela pergunta... Você me pegou de surpresa.
- E eu não sei? Vi o quanto você ficou calada e pálida após isso. - Ela se sentou na minha cama, e eu a acompanhei.
- Mas... É que a impressão de que você deu... É que quer casar comigo só por causa da criança...
- Também...
- Como assim?
- Quero casar com você... Por causa de você também... - me virei pra ela e levantei seu queixo, virando o mesmo pra mim - Hinata... Você sabe bem que antes de te conhecer eu era outro...
- Sim... Era frio... Calculista e... Vingativo...
- É... Mas... Você mudou isso em mim... Agora a única coisa que penso... É em te proteger!
- Sasuke...
- Oi?
- Eu quero.
- Aceita? - meu peito encheu-se de ar.
- Sim! - ela sorri e eu também.
Puxei-a pra mim e não medi a vontade de beijá-la, e assim o fiz. Caímos na minha cama, ela por cima de mim e passei a mão pelas costas dela, queria amá-la mais um dia. Mas não sabia se devíamos, por causa da criança... Porém... UHMN, ontem a noite nós transamos e nada aconteceu... Então...
- Hina...
- Oi? - disse com a voz embargada.
- Eu te desejo...
- Deseja?
- Muito...
- Eu também... - ela saiu de cima de mim e deitou-se ao meu lado - Será?
- Não vejo mal algum... - beijei-a.
- Pera... - ela desvencilhou-se do beijo. - Já venho!
- Ai... Ta.
Ela apagou a luz e acendeu só uma vela. Acho que ela queria algo bem romântico. Ei, pera ai! Ela entrou no banheiro? Por que? O.O
Esperei um pouco mais e fiquei olhando o teto enquanto isso... Eu estava louco naquele momento... Ela estava me torturando.
- Oi. - disse com uma voz bem diferente.
- O-oi... - até gaguejei ao vê-la. Céus... Era mesmo ela? Nunca a tinha visto tão bela!
~ FLASHBACK ON
- Sasuke! Eu vou até a mansão pegar algumas roupas minhas está bem?
- Ok, não demore! - sorri
Ela correu até lá e não demorou nem 10 minutos, acho que ela jogou todo o guarda-roupa dela numa mochila e veio, de tão rápido!
- Vamos?
- Aham.
~ FLASHBACK OFF
- Então era isso né?
- O que?
- Que você buscou na sua casa... - me levantei e andei até ela, que continuava parada. Coloquei nossos corpos juntos e fiz ela sentir minha vontade. Ela fechou os olhos e sorriu de canto.
- Aham... Gostou?
- E como não poderia gostar? - Ela estava usando uma camisola branca com detalhes bordados, tudo em azul e lilás. Tinha um decote não muito aprofundado, mas que mostrava e bem o vão entre seus fartos seios. Ela tinha um cheiro tão bom... Parecia erva-doce...
Ela caminhou até a minha cama e se jogou nela, fazendo com que os cabelos se espalhassem pelo edredom, ela me olhou e me chamou com um dedo. Talvez ela não quisesse puro romance... Isso me atiçou ainda mais!
- Vem cá... - sorri de canto, e fui até a cama. Me abaixei e beijei os seus joelhos, subindo vagamente pelas coxas e parando na virilha, dando um beijo demorado na sua feminilidade ainda coberta pela calcinha.
- Sasu... Ke... Ahmn... - ela gemeu baixinho e vi que ela queria mais... Porém... Eu queria ser um pouco mais romântico pra ela...
Puxei a camisola bem devagar, a subindo, e enquanto ela subia eu beijava a parte do seu corpo exposta. Quando parou no vão entre os seios, eu demorei mais pra subir, mordiscando e lambendo bem devagar. Ela gemia mais, e quase não se ouvia.
- Tá gostando? - abri o sutiã devagar e mordisquei um seio dela.
- Aham... - gemia de olhos fechados e os lábios entreabertos. - Aahmmn...
Sem mais delongas, tirei a camisola completamente e a joguei longe. Depois levou o mesmo fim, o sutiã dela. Deixando-a somente de calcinha. Nossa... Que visão... Me apossei de um dos seios, chupando e mordiscando com vontade enquanto acariciava o outro com a mão.
- Ahmn...
Ela estava gostando, e isso me deixava com mais vontade. Mas, queria me segurar, e satisfazê-la primeiro...
- Sasuke... - me chamou - Vem cá... - engatinhei por cima dela e beijei-a. Senti as mãos dela me envolvendo e levantando minha camisa, depois a calça, e por fim, retirou minha cueca, segurando finalmente o que ela queria.
- Aaaahmn... - Não resisti ao toque dela - Hinata...
Ela começou a me masturbar e a me levar a loucura... Eu queria mesmo fazer mais por ela... Mas estava tão bom assim...
- Você não vai se divertir sozinha... - sorri de canto e coloquei uma das minhas mãos dentro de sua calcinha, notando o quanto sua feminilidade estava úmida. Fiz movimentos circulares rápidos, e vendo ela arfar de vontade, cobri um de seus seios com meus lábios. Enquanto a ouvia gemer, ela me deixava louco com sua mão no meu membro. - Aaahmn.... - Gemi de novo. Ela conseguiu se desvencilhar de mim e dessa vez ela ficou por cima, começando um oral. - Aaaahmn... Hinataa... Aaaaahmn... - Eu estava me sentindo louco.
Ela continuou o oral e logo começou os espasmos do orgasmo que estava pra vim. Quando notei, já tinha lotado sua boca, e um pouco escorreu pelo vão dos seus seios. Aquela imagem era estonteante...
- Vem cá! - puxei o braço dela e a beijei.
Deitei-a e fiquei por cima dela, beijando dos lábios até os seios, parando um pouco ali e logo descendo para sua feminilidade novamente, dessa vez terminando o trabalho logo após de ter tirado sua calcinha. Ela estava corada, parecia estar um pouco sem graça pela situação, mas também estava corada pela situação estar sendo tão gostosa pra ela, percebi quando ela começou a empurrar minha cabeça mais contra ela e ela começar a gemer mais alto.
- Calma... - eu ri internamente. Isso era maravilhoso, ver ela assim tão rendida ao prazer...
Pressionei mais os lábios contra seu clitóris iniciando uma massagem mais intensa no local. Ela começou a se contorcer e logo num gritinho abafado enquanto mordia o lábio inferior, indicou um orgasmo. A respiração dela falhava, estava um pouco suada, com mechas do cabelo grudados a testa e ela estava sorrindo.
- Nossa...
- Que foi? - perguntei sorrindo, enquanto deitei-me ao seu lado.
- Nossa.. foi uau...
- Hehe... - beijei-a. - Mas não acabou... - eu ainda o sentia duro, pulsante por ela...
- Num sei se aguento mais... - ela me olhou ousada, mas dava pra ver que ela também queria.
- Vamos ver então...
Me ajeitei e entrei nela de uma vez, senti ela apertada, ela era tão gostosa... Em pouco tempo o ritmo tornou-se sincronizado, eu entrava e saía, e ela me acompanhava com algumas reboladinhas. Não aguentando mais, aumentei o ritmo e comecei a ir mais fundo.
- Aaaaaah... - gememos juntos...
E mais uma vez gozamos... Foi diferente... Foi melhor... Muuuuito melhor... Acho que comemoramos bem o “sim” dela ao meu pedido...
OoOoOoO
Capítulo 9
Acordamos de manhã e logo tomamos café. (Tomamos um banho juntos...). Depois de um tempo eu comecei a dar uma geral no meu apartamento, enquanto Hinata desfazia as malas e colocava suas roupas no meu armário.
- Amor, pega aquela mala ali do lado da porta pra mim? - ela me pediu enquanto abria a outra mala.
- Ta bom.
Era engraçado olhá-la daquele modo, com os cabelos desalinhados e mesmo assim tão bela. Coloquei a mala em cima da cama, virei e puxei Hinata contra meu corpo. Ela corou.
- Você é muito linda sabia? - Beijei no canto dos lábios dela e desci os beijos até o pescoço dela.
- Sasuke...
- Hehe... - Continuei a beijá-la, mas nos lábios e de forma muito terna... De repente o corpo dela se contrai, e ela desmaia em meus braços. Eu não estava entendendo nada!! - Hinata? Hinata? Amor acorda! - “Céus... O que aconteceu?”
Por sorte, na rua estava passando o Lee e a Sakura que conversavam.
- Lee! Sakura!
- Sasuke? - Perguntaram juntos.
- A Hinata está desmaiada! - Nem deu tempo e eles subiram.
- O que houve com ela? - Lee perguntou.
- Não sei... Estavamos desfazendo as malas dela e de repente... Ela desmaiou...
- Precisamos levar ela novamente ao hospital... Deve ter acontecido algo mais com ela que não notamos nos exames... - Sakura disse baixo, parecia preocupada.
OoOoOoO
(Parte não narrada pelas personagens)
- Por que tivemos que deixar eles? Podíamos simplesmente tê-los levados juntos, conosco!
- Não me questione... - olhou-a.
- Hunf...
- Konan... Você sabe que isso era pra acontecer... Ela é o casulo... Não estrague tudo!
- Não estragaria...
OoOoOoO
Depois de alguns meses...
- Quantos meses faltam para o bebê nascer? - perguntou animado.
- Dois... No máximo... Logo, logo ele ou ela estará ai...
- Já sabem que nome vão colocar?
- Na verdade, ainda não paramos pra pensar...
- Põe o nome do Hokage se for menino! :}
- Definitivamente, não! ¬¬
- AAAh, mas o Hokage é seu melhor amigo Sasukeeee! :}
- Não enche Naruto -.-
- ¬¬
- ¬¬'
Hinata olhava de uma fresta na porta e segurava uma bandeja com suco para levar para eles e ria baixinho, mas teve que parar ao sentir uma terrível pontada na cabeça que a fez cambalear. Desde o dia do seu desmaio, que já fazia alguns meses, ela sentia pontadas na cabeça e tinha insônia, mas, por pensar que era coisa de grávida...
- Eu também não colocaria o nome do Hokage! - ela entrou no cômodo e entregou o suco pra casa um, recebendo um “Obrigado” em troca dos dois. - Muita ousadia, né? - ela riu e Naruto fez pose de “Nice Guy” levando de Sasuke logo em seguida um murro na cabeça.
- Aaai doeu! - massageando o local.
- ^^''' - Hinata continuava a rir só que com uma grande gota na cabeça.
- Mas me diga... Como é ser pai? - para quem não lembra, Naruto e Sakura iam ter um filho.(no prólogo)
- Ah, é uma maravilha... Nossa pequena Megumi está muito linda... É uma criança muito tranquila, não chora muito, só quando está com fome ou está com cólica. É literalmente um anjinho! - disse orgulhoso.
- Ela tem quase dois meses né? - perguntou Hinata alisando o ventre e se imaginando com o seu bebê no colo.
- Sim, Sakura quase não sai de casa por essa razão hehe. Eu faria o mesmo se pudesse, mas já que tenho muitos compromissos como Hokage, fica difícil... - Naruto olhou Hinata – Você prefere menino ou menina?
- Sinceramente... Eu não sei! No momento... Eu quero simplesmente que tenha saúde. - Sasuke sorriu.
- Posso fazer mais uma pergunta?
- Claro – disse Sasuke, logo bebendo um gole de seu suco.
- Por que vocês não casam? - Sasuke e Hinata se olharam. Nesse tempo em que estavam juntos, eles pensaram muito em casar mesmo...
- Na verdade... - Sasuke suspirou – A gente só não se casou ainda por conta da correria que anda por ai... Eu voltei a fazer as missões... E a vila precisa muito que eu ajude, porém... Tem a Hinata e o bebê – olhou-a – Tenho medo de deixá-los num dia e sei lá... - Hinata olha pra ele e sente uma pequena contração. Isso acontecia sempre que se irritava ou se chateava... Era uma gravidez muito estranha.
- Desculpe-me, já volto.
Hinata saiu e deixando no ar uma preocupação. Sasuke olhou para porta onde ela havia ido, sentiu um mal pressentimento e logo após retornou a falar com Naruto. Passou-se 20 minutos, 30, 50, 1 hora e meia, e nem sinal de Hinata. Ele não aguentou.
- Onde será que a Hinata tá?
- Será que ela tá na cozinha?
- Não sei cara... Eu vou descer... Me espera um pouco?
- Claro... Vai lá!
Sasuke saiu da sala e desceu as escadas.
- Hinata? Hinata?
Ele a chamava mas ela nem respondia. Seu coração apertou. Andou até o pequeno banheiro ao lado da cozinha e bateu na porta.
- Amor? Está ai?
Ele não ouviu nada, mas sentia algo estranho, ela só podia estar lá. Era como se algo indicasse ele que aquela era a única direção. Ele arrombou a porta e se deparou com uma cena...
- Hinata! Meu Deus! - desesperou-se – Naruto!! - chamou o amigo que logo correu.
Hinata estava caída no chão, suas pernas estavam semi-abertas e tinham manchas de sangue com uma pequena poça que se formava de baixo de sua saia. A cabeça estava apoiada na porta do box e os olhos estavam abertos, seus olhos estavam sem foco algum, porém, algo mais os deixou boquiabertos: o Byakugan estava ali, nos seus olhos, e todas as veias saltadas em volta dos seus olhos nunca estiveram tão alastradas como naquele momento. Eles pensavam que era isso que a Akatsuki tinha retirado dela, mas não... Não era esse o motivo.
- Me ajude a tirá-la daqui! - “O que houve contigo?!” - Sasuke nunca estranhou tanto uma gravidez como a dela. O que será que estava acontecendo? Ela sempre tinha problemas e dores fortes antes da hora, mesmo que ela não demonstrasse, ele sempre notava de algum modo. Ele odiava vê-la sofrer. Estava com medo...
- O que houve com ela?
- Eu não sei... Só sei que nosso filho está vindo antes do tempo!
Levaram-na até o Hospital.
OoOoOoO
Um estalo forte foi ouvido na entrada da aldeia e muitas outras explosões iam se alastrando até chegar no hospital. Sasuke estava preocupado demais com Hinata que no momento além de estar inconsciente, estava em trabalho de parto. Naruto como Hokage teve que ir ao encontro das explosões.
- Mas o que está acontecendo?! - ele disse, no momento aparece Lee.
- Dois membros da Akatsuki estão aqui, uma mulher e um cara com uma máscara estranha!
- Tobi e Konan?
- Acho que sim. - ele estava exausto, pegou uma das balas secretas (presentes de seu amado-amado-querido sensei).
- Lee, por favor chame o Neji e o Shikamaru... Precisamos tentar impedí-los antes que cheguem até o Hospital... Algo me diz que se eles estão aqui é algo relacionado ou ao Sasuke, ou a Hinata. Rápido!
- Hai!
Lee correu como nunca, mas logo achou todos e começaram a lutar.
OoOoOoO
Enquanto isso no Hospital...
Hinata acordou no meio da cesária e olhou atordoada para Sasuke.
- Eu to de novo aqui por que? - perguntou fracamente.
- Nosso filho tá vindo... - Sasuke tocava a face dela, as mãos dele nunca tremeram tanto. Algo estava errado.
- Que bom... - ela fechou os olhos e sorriu. Abriu-os de novo e o Byakugan saiu vagamente mostrando que ela aos poucos melhorava.
- Por que o Byakugan voltou?
- Heim? - ela perguntou confusa.
- Por favor, ela não pode falar muito agora. - disse a médica.
- Ok... Gomen nasai. – disse Sasuke.
Durou mais alguns minutos e logo podia-se ouvir o choro baixo da criança. Hinata sorriu, mas sentia que algo estava errado também... Aquele sentimento era de perda...
A médica cortou o cordão umbilical, lavou e o cobriu num cobertorzinho branco, entregou-o a mãe e logo saindo acompanhada da enfermeida. O bebê tinha cabelos grossinhos e negros, como de ambos, pele também muito clara. Mas muito pequeno por conta do tempo em que nascera.
- É... Um menino lindo... - Sasuke sentiu uma alegria imensa no peito. Estampava um belo sorriso.
- Ele parece com você meu amor... - Hinata estava muito pálida. Mas estava bem.
- Por que você não me disse que estava com contrações? - ele a olhou.
- Achei que iria parar logo... Eu tive muitas dores durante a gravidez. - ela o olhou sentindo-se um pouco culpada.
- Nunca mais... - disse olhando seu filho – Nunca mais esconda nada de mim... - olhou-a.
- Gomen...
Sasuke beijou a testa dela, ela estava suando frio, provavelmente por causa da ocasião. Olharam um pouco mais o seu lindo filho enquanto esperavam a enfermeira voltar, ela teria que levá-lo para incubadora, ele era muito pequeno e precisava disso.
- Por que a enfermeira está demorando tanto?! E a médica?
- Calma Sasuke...
- Como quer chamá-lo? - Olhou-a.
- Tem que ser um nome diferente...
- Como qual? - ela segurava de leve a mãozinha do filho, notando cada detalhe.
- Hitemaru... Uchiha Hitemaru...
- Hehe... Enquanto não formos casados ele será somente Hyuuga...
- Então vamos nos casar... E logo depois, batizamos ele. - Sasuke sorriu, ele não era muito chegado a religião, mas naquele momento, resolveu que era a hora certa de chegar nela.
- Uau...
- Que é? - perguntou confuso.
- Você está diferente... - sorriu – Bem diferente do Sasuke de antigamente.
- Eu amoleci demais por tua causa! - ele deu uma leve risada.
- É... Você era uma rocha fria... E hoje e outro homem de sangue quente... - ela sorriu e fez um olhar maroto.
- Hum... - ele de leve tocou seus lábios. - Te amo. - beijou a testa do filho – Te amo também garotão.
Nada de enfermeira ou de médica. Sasuke vai até a porta e vê as duas caídas no chão, mortas. Apenas nesse momento lembrou-se das explosões que antes tinham acontecido, e logo sentiu um chackra fortíssimo invadir o quarto de onde ele saíra.
- Hinata...! Hitemaru! - pensou. - "Uma armadilha!!"
Quando voltou ao quarto apenas viu Hinata em prantos desesperada, caída no chão e tentando com todas as forças alcançar a janela.
- Eles o levaram! - soluçava – Levaram nosso filho!
- Quem?
- Tobi e Konan!
Ele colocou ela na maca que ainda chorava desesperadamente, nem ao menos amamentar o filho pode, e eles já o tiraram de seus braços.
- Eu vou trazê-lo de volta! É uma promessa!
- Por favor, traga ele! - ela o olhava e segurava o rosto dele. - Eu te amo!
- Eu também! - saltando pela janela. - Sharingan! - "Faço qualquer coisa pra te encontrar meu filho!"
Sasuke achou Ino e mandou-a até Hinata.
OoOoOoO
Eles corriam, já estavam muito longe da vila, pegaram o que queriam e não era necessário gastar suas forças com os ninjas de Konoha.
- Esse é o menino? Parece tão frágil... - Segurando o pequeno no colo.
- Nasceu antes da hora por causa das injeções que demos nela...
- Como vamos cuidar dele? Assim ele não viverá nem uma semana!
- Acalme-te Konan... Está ocorrendo tudo como o planejado, e não sairá dessa rota. Vamos logo.
OoOoOoO
(Parte narrada por Sasuke)
Sentia-me um inútil. Não consegui cuidar do meu filho que acabara de nascer e tive que deixar Hinata lá, desesperada. Tenho que achar o nosso filho antes que eu enlouqueça! Ele e Hinata agora são tudo pra mim!
Se eu não o achar... Não sei com que cara voltarei a Hinata... Acho que ela jamais me perdoaria, se bem que, nem eu me perdoaria... Sou um tolo por pensar que a demora da médica e da enfermeira era por pura negligencia... Esqueci-me das explosões... Esqueci-me de tudo quando vi meu filho... E agora eles o levaram! Tenho que achá-lo! Depende somente de mim agora!
OoOoOoO
Capítulo 10
Capítulo 10
Eu sentia o chackra nojento deles naquela floresta, eu sabia que eles estavam ali, mas estava com dificuldade para encontrá-los... Saltava e corria no meio daquela floresta desesperado, queria logo encontrar o meu filho, mas... Sem um plano seria inútil... Outra coisa que me deixava encurralado, era que meu filho por ter acabado de nascer, em ao menos uma semana sem a Hinata poderia morrer! Minha cabeça estava girando. Mas, não o suficiente para não reconhecer o chackra que apareceu do nada metros atrás de mim.
- O que faz aqui? - falei, sabendo que o outro ouviria bem...
- Ela é minha amiga! Eu vou ajudar você a encontrar a criança!
- Ora, não seja intrometido! Eu tenho que cuidar disso sozinho Inuzuka!
- Do que adianta ir sozinho? Pare de ser orgulhoso e deixe-me ajudar seu teme! - Me virei e vi ele parado em cima de outro galho da árvore. Acompanhado de seu companheiro cão, Akamaru.
- Kiba... - suspirei – Foi ela que te mandou aqui?
- Não...
- Quem então? Por que pelo que eu saiba, você nunca foi com a minha cara – sorri – Quem te mandou!?
- Ele tá preocupado com você... - Suspirou – Disse que já que não poderia te acompanhar, era pra eu ir atrás de você...
- Aquele dobe...
- Pare de besteiras Uchiha! A cada segundo que passa são metros a mais longe do seu filho! Vamos! - ele tocou meu ombro e deu alguns saltos a frente, logo não tive dificuldade em alcançá-lo.
OoOoOoO
- Calma Hinata! Ele vai trazer o filho de vocês de volta! - disse Ino com um olhar triste.
- Como quer que eu fique calma sabendo que eu nem pude lutar pra impedir que ele fosse levado?! - gritou.
- Awn Hina! - Ino abraçou ela e tentou acalmá-la. Sakura chegou e as viu daquela forma, não aguentando e juntando-se ao abraço. Agora que ela era mãe, entendia a dor de Hinata.
OoOoOoO
“- Sasuke, Sasuke... O que nela é mais precioso...?”
Então era isso! Nunca foi o Byakugan! Era o nosso filho! Mas como eles sabiam que ela já estava ou que ficaria grávida?! Como fui tolo! A situação em que eles nos colocaram fizeram-me e aos outros, acreditar que eles queriam somente o Byakugan e realmente parecia ser só isso...
Um aperto...
Meu ar faltou, mas continuei pulando. Queria ver novamente o rosto do meu filho! O quero de volta nos braços da mãe!
- Kiba! - Chamei.
- Oe?
- Como ela estava?
- Hã como você acha? Desesperada é pouco! Ela está uma fera! Se ela pudesse ela já teria corrido do hospital pra arrancar a cabeça deles! Tá literalmente uma leoa!
- Hum... - Inuzuka parou do nada e eu parei logo a frente.
Os dois sentiram... Os dois ouviram...
- Choro? - nos perguntamos junto.
Ai que eu saí de mim e corri atrás do choro, era meu filho! Só podia ser! E aqueles chackras odiosos! Argh! Vou matá-los da forma que eles merecem! Continuei correndo, mas paralisei-me ao ouvir “Pare! É uma armadilha!” Ferrou!
Quando me virei, Tobi já me lançava contra o alto, aparecendo ao meu lado e dando uma cotovelada no meu estômago. Senti, mas não o suficiente para não atacar.
- “ Katon! Gouryuuka no jutsu” - a bola de fogo foi em direção dele mas não pareceu os afetar. Então Kiba resolveu enfim se mexer.
- Vamos lá, Akamaru! - jogou uma pílula para o companheiro que logo a engoliu. - Juujin Bunshin! Gatsuuga!
Eu, Kiba e Akamaru ainda lutávamos contra eles, mas já havia se passado mais de duas horas de luta, estávamos quase sem chackra e... Cada minuto mais, sem poder ver meu filho, a minha raiva e desespero cresciam.
- O que diabos vocês querem com o meu filho! - gritei farto.
Tobi se virou para mim, ignorando totalmente Kiba e Akamaru que corria em sua direção, só pararam quando Konan também parou para prestar atenção.
- Vingança!
Vingança...
Eu ouvi mesmo isso? Isso foi o que eu mais desejei... Ver meu irmão morto e trazer de volta a honra para o nome Uchiha. Mas, e agora? Essa palavra que eu tanto usei, como motivo de tantas mortes e desgraça... Causava naquele momento, a minha, mais pura e dolorosa, desgraça. Naquele momento eu percebi, de verdade, que todo mundo se machuca... Todo mundo se magoa... E não era eu que iria escapar desse “destino”... Sempre quis preservar meu modo de ser, meu jeito frio... Mas... Sempre, sempre estive errado... Mas... Será que é ruim, agora, ter medo? Ou estará tudo bem? Hinata me aconchegaria e me diria que está tudo bem... Me diria para relaxar e acreditar em Deus... Céus... Como eu queria que ela estivesse aqui... Mas não! Eu vou resolver isso! Eu vou fazer tudo ficar bem! E agora... Eu vou demonstrar o quanto se cresce... Quando nos machucamos!
Comecei a fazer os ins e logo aquele barulho, aquele som de mil pássaros, ecoavam naquele local.
- Chidori! - corri até Tobi e me lancei contra ele, já sabendo que ele mudaria de direção, usei os meus olhos e vi onde ele pararia, quando ele trocou sua posição, consegui acertá-lo, porém, de raspão. Merda!
- Não queira trabalhar sozinho Sasuke! - Kiba e Akamaru se lançaram contra Tobi, mas Konan segurou Akamaru (transformado na aparência do Kiba) fazendo com que o outro parasse e se concentrasse nela.
As lutas continuavam desgastantes, eu não sabia como ainda tinha chackra em mim. Talvez fosse a adrenalina. Talvez fosse o medo... Sei lá! Quando dei por mim, estávamos perto de um penhasco, Kiba, Akamaru e Konan estavam longes, mas eu podia ouvir o chiar das kunais lançadas sendo recocheteadas.
- Concentre-se Sasuke! - foi o suficiente para entender... Eu estava caindo. O Akatsuki se lançou em minha direção e me atingiu no estômago com o joelho. Cuspi sangue na hora e meus olhos, insistentes, fecharam. A última coisa que senti foi o choque no meu corpo no chão, minha cabeça bater numa pedra e Kiba berrando de dor.
OoOoOoO
(Narrado por Hinata)
Duas semanas... Duas semanas... O que eram essas duas semanas? Tortura era pouco... Meu coração doía muito, e as meninas tentavam inutilmente me acalmar... Eu não queria sair daquele hospital... Eu não queria acreditar que teria que voltar uma hora pra casa sem meus dois homens... Meu Sasuke... E o meu pequeno Hitemaru... Chorei tanto de hora em hora, que meus olhos pareciam secos... Demasiado inchados. Meu corpo estava cansado, como se a única coisa que meu corpo absorvesse nos alimentos, fosse força para chorar mais.
Ino e Sakura ficavam aqui todo dia. Dividiam turnos para ficar comigo, já que as duas estavam no hospital. Naruto vinha sempre em horários de visita e lanche, me trazendo ramén, com um sorriso nos lábios, tentando também me animar. Mas diferente das meninas, ele conseguia me alegrar. Não que eu ainda o amasse... Pois agora o único tipo de amor que eu poderia sentir por ele... É o de uma irmã... Mas, todos sabem como o jeito crianção, genioso e ingênuo dele (mesmo ele não podendo ser mais assim, já que é Hokage) alegra a muitas pessoas, pois sempre acaba pagando um mico hilário. Ah! O que posso dizer... Gosto de rir da cara dele também! Sou humana!
Falando nisso... Lá vinha ele novamente, cantarolando pelos corredores e um cheiro delicioso de ramén de porco invadindo o local.
- Yo Hina-chan!
- Hehe oi Naruto-kun!
- Como se sente? - disse se sentando num sofá pequeno ao lado da minha cama.
- Ah... Cê sabe... Bem de corpo mas...
- Não de alma.
- É...
- … - ele franziu o cenho.
- É o de porco? - realmente estava com fome, comida de hospital nunca me animou.
- É sim!! - disse afobado. Logo me entregando um pouco do ramén, daqueles de cup noodles.
- Você trouxe eles prontos dessa vez!
- Uhum!
- Vamos comer então...! - eu sorri.
Era previsível que o silêncio no local revelasse onde estavam nossos pensamentos... Sasuke... Ele já deveria ter voltado! Já deveria estar comigo! E o nosso filho... Deveria estar em nossos braços... E eu realmente estava aqui, só esperando... Mas CHEGA! Chega de esperar! Não vou ser mais uma vez dada como fraca! Vou mostrar a todos que além de ser uma outra Hinata, posso ser a herdeira mais capaz do meu clã! O Neji que me perdoe mas... Vou mostrar quem é o Hyuuga mais forte!
Mal terminei de comer e coloquei o copo de ramén na mesinha do lado, com fúria, estava farta! Naruto me olhou assustado.
- O que há 'te bayô!? - me perguntou ainda com a boca cheia.
- Buscá-los!
- ãh? Está louca!? Você tem que descansar! Fez uma cesária! Exige mais tempo de recuperação que um parto normal!
- Eu aprendi umas coisas com o tempo... O que torna esse “tempo” minúsculo.
- Hinata...
Comecei a me levantar determinada, e mandei-o (empurrei recebendo várias perguntas em protesto) pra fora do quarto para poder me ajeitar. Coloquei minha roupa tradicional. Afinal, eu iria a luta e não à um desfile! Uix! O que a raiva e aflição fazem comigo!
Logo quando terminei saltei a janela, percebendo que metros atrás de mim vinha Naruto.
- Ei Hinata! Você quer que eu chame a AMBU pra te parar?
- Chame então! Mas nenhum dos AMBU's vai ficar acordado pra contar história! - Naruto me alcançou e segurou o meu braço e acabamos nos chocando. Olhei séria para ele... Aquele olhar de piedade... Não admitiria isso naquele momento... Não vindo dele... - O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA? ESTOU CANSADA DE FICAR SÓ ESPERANDO NAQUELA CAMA DE HOSPITAL! O SASUKE E O NOSSO FILHO ESTÃO FORA HÁ DUAS SEMANAS! -comecei a me render em lágrimas – EU NÃO AGUENTO MAIS ISSO NARUTO! NÃO AGUENTO! - me agarrei nele, deitei a cabeça em seu ombro e chorei por longos minutos, recebendo um afago nos meus cabelos.
- Está mais calma? - ele me perguntou.
- Acho que sim...
- Eu vou com você!
- Não! Você precisa ficar! É o Hokage agora Naruto! Não pode mais sair assim!
- Você é como se fosse minha irmã... A família que eu nunca tive Hinata! E o Sasuke... Sinto o mesmo por aquele teme! Se eu não fizer nada por vocês dois... Eu vou me sentir o maior dos lixos! Como se nada tivesse adiantado essa minha busca toda pelo posto de Hokage...
- Naruto...
- Eu vou sim com você... Sou Hokage para proteger a todos da vila... E vocês... São daqui... É meu dever ajudá-los...
Ele tocou meu rosto e vi os olhos dele brilharem como nunca. Mas aquele brilho era típico dele... O brilho que sempre admirei e quis ter... O brilho da esperança! Logo, Naruto foi até a vila e deixou Shikamaru como encarregado até a volta dele. Quando ele me encontrou novamente, voltamos a correr em direção de Sasuke e, tomara Deus, do meu bebezinho também!
OoOoOoO
(Narrado por Sasuke)
Acordei com a vista embaçada, era mais uma manhã assim. Sentia meus olhos grudados, com uma espécie de remédio. Tentei sentar, mas senti uma dor horrenda na coluna. Não sentia um chackra familiar... Kiba não estava ali... E nem Akamaru... O que será que tinha acontecido!? Tentei falar algo, mas a voz não saia. Porém escutei passos e fingi dormir, para ver se descobria algo...
- Sei que está acordado Sasukezinho! - era uma voz feminina.
- “Sasukezinho!? Mas que porra é essa?!”
- Vou retirar seu curativo, fique quietinho amor...
- “AMOR?! Essa mulher deve estar louca! Pera ai... Só tem uma louca... Que... Que... Céus!!!O.O Não! Ela não!”
- Lembra de mim Sasuuu? - Arqueei a sobrancelha em total desgosto. Claro que lembraria daquela ruiva depravada! Ela sempre me deu dor de cabeça... Tentei falar alguma coisa, e ao mesmo tempo, abrir os olhos mas não conseguia. - Agora que to cuidando de você Sasuzinho, eu sei que você vai querer ficar comigo!! - não conseguia ver e falar... Mas sabia, por conta de seu chackra onde ela estava, lancei meu braço a frente e segurei o pescoço dela, ouvindo um gemido de dor. - Pá-para Sas-suke! - apertei mais o seu pescoço – Es-está bem! E-eu te solto! - falando com muita dificuldade.
Ela me soltou dali e senti ela se afastar correndo. Estaria fugindo? Não sei... Aos poucos minha visão retornou, e vi aonde estava. Numa pequena cabana cercada de árvores gigantes. Era uma floresta estranha... Senti um estalo na cabeça. Meu filho! Céus! Quanto tempo eu fiquei desacordado? Horas? Dias ou semanas? Procurei meus cortes e estavam quase totalmente cicatrizados.
Saí dali na correria, me esquecendo novamente de tudo... Menos de meu filho e de Hinata.
OoOoOoO
Capítulo 11 – Reencontro.
Hinata e Naruto corriam pela floresta há dois dias, Shikamaru ficou cuidando das coisas em Konoha, por isso era uma preocupação a menos para Naruto, e poderia dar foco a busca de Sasuke e o pequeno Hitemaru.
Pararam bruscamente e começaram a sentir um chackra familiar...
Pararam bruscamente e começaram a sentir um chackra familiar...
- Kiba! – Disse Hinata correndo uns 20 metros para dentro da floresta, sendo seguida por Naruto.
- Hi... na... – Disse fracamente. Kiba tentou se levantar mas, caiu novamente, batendo o queixo no chão.
- Calma. – virou-se – Naruto me ajude!
Ele colocou o braço esquerdo de Kiba em cima de seu ombro e levantou-o, notou que a expressão de dor aumentava ao tentar acompanhar os passos dele, constatando assim que ele estava com as pernas fraturadas. Hinata apoiou o outro braço dele em seu ombro ajudando Naruto.
- Acho que teremos que voltar para a vila Hina-chan... Não podemos cuidar dele na floresta, não no estado dele...
- Você volta, e eu continuo a procura-los...
- Mas Hina...! – fora impedido de continuar a protestar contra ela. Os olhos dela se avermelharam pelas lágrimas que queriam tomar sua face.
- Deixe-me procura-los Naruto... Quero o meu bebê e o meu marido... Só isso...
- Tudo bem, mas... Cuide-se, por favor!
- Hai... – sorriu de leve e seguiu o caminho.
- Vamos lá Kiba-kun! – colocou-o nas costas e correu em direção de Konoha.
- Hi... na... – Disse fracamente. Kiba tentou se levantar mas, caiu novamente, batendo o queixo no chão.
- Calma. – virou-se – Naruto me ajude!
Ele colocou o braço esquerdo de Kiba em cima de seu ombro e levantou-o, notou que a expressão de dor aumentava ao tentar acompanhar os passos dele, constatando assim que ele estava com as pernas fraturadas. Hinata apoiou o outro braço dele em seu ombro ajudando Naruto.
- Acho que teremos que voltar para a vila Hina-chan... Não podemos cuidar dele na floresta, não no estado dele...
- Você volta, e eu continuo a procura-los...
- Mas Hina...! – fora impedido de continuar a protestar contra ela. Os olhos dela se avermelharam pelas lágrimas que queriam tomar sua face.
- Deixe-me procura-los Naruto... Quero o meu bebê e o meu marido... Só isso...
- Tudo bem, mas... Cuide-se, por favor!
- Hai... – sorriu de leve e seguiu o caminho.
- Vamos lá Kiba-kun! – colocou-o nas costas e correu em direção de Konoha.
[b]OoOoOoO[/b]
Sasuke corria sem parar a horas, estava começando a ficar cansado, tinha que parar um pouco. Tomou fôlego e sentou-se encostado a uma árvore velha, fechou os olhos e começou a lembrar de sua hime, Hinata. Sorriu ao lembrar do jeitinho dela... Mas, podia jurar que sentia o cheiro dela por perto, parecia alucinação... Estava sentindo uma dor horrível de cabeça, talvez por conta da queda.
- Hina... É você? – Sentiu-se delirar um minuto.
- Sas-Sasuke! – ouviu uma voz chorosa de emoção. Abriu os olhos e viu com nitidez, era a sua Hinata.
- Hinata!! – levantou-se foi até ela, sendo imitado por ela, que quando o alcançou, beijou-o com desespero.
- Eu estava tão preocupada com você! Céus, pensei que tinha te perdido para sempre! – chorava com o rosto colado no peitoral dele, sentindo apenas seus cabelos serem afagados num carinho sereno.
- Eu estava procurando ele... Por pouco consegui tê-lo em meus braços... Mas eles o levaram! Eles o levaram! – sentiu a mágoa e a raiva dominar-lhe.
- A Akatsuki? – temeu.
- Sim... – serrou os punhos com força e sentiu estas serem abertas e levadas até os lábios de sua amada, ganhando um beijo em cada mão.
- Nós vamos acha-lo! Juntos... Vamos sim! – Sorriu, tentando acalmá-lo, mas por dentro, chorava intensamente.
- Acho que Kiba está morto... A última coisa que ouvi antes de ficar desacordado pela queda... Foi ele gritando de dor.
- Achamos ele. Naruto estava até poucas horas me acompanhando, ele também está preocupado com você.
- Aquele maluco deixou a vila sozinha??
- Não, Shikamaru ficou em seu lugar.
- Hum... Menos mal... Mas, vamos! Temos que achar o nosso Hitemaru.
- Hai. – começaram a correr, lado a lado, em busca do bem mais precioso deles... Seu filho.
OoOoOoO
Longe dali, num esconderijo no deserto estava Tobi parado em frente do bebê, olhando-o de modo assustador.
- Tobi, não vá comer o bebê! Pain precisa dele lembre-se disso!
- Mas Tobi não come crianças... Tobi é um bom garoto!
- Yare, yare... Venha! – Konan puxou-o pela gola da capa dele e tirou-o de perto da criança. – Deixe que é minha vez de vigiá-lo. – suspirou. – “Por que temos que vigiá-lo? Ele é só um bebê o que mais ele pode fazer?” - pensou
Quando eles voltaram a fitar a criança, ela havia sumido.
- Cadê a criança? – disse Pain vindo devagar.
- Pain...
- Calada Konan, deixe comigo, vocês não fazem nada direito!
- Hina... É você? – Sentiu-se delirar um minuto.
- Sas-Sasuke! – ouviu uma voz chorosa de emoção. Abriu os olhos e viu com nitidez, era a sua Hinata.
- Hinata!! – levantou-se foi até ela, sendo imitado por ela, que quando o alcançou, beijou-o com desespero.
- Eu estava tão preocupada com você! Céus, pensei que tinha te perdido para sempre! – chorava com o rosto colado no peitoral dele, sentindo apenas seus cabelos serem afagados num carinho sereno.
- Eu estava procurando ele... Por pouco consegui tê-lo em meus braços... Mas eles o levaram! Eles o levaram! – sentiu a mágoa e a raiva dominar-lhe.
- A Akatsuki? – temeu.
- Sim... – serrou os punhos com força e sentiu estas serem abertas e levadas até os lábios de sua amada, ganhando um beijo em cada mão.
- Nós vamos acha-lo! Juntos... Vamos sim! – Sorriu, tentando acalmá-lo, mas por dentro, chorava intensamente.
- Acho que Kiba está morto... A última coisa que ouvi antes de ficar desacordado pela queda... Foi ele gritando de dor.
- Achamos ele. Naruto estava até poucas horas me acompanhando, ele também está preocupado com você.
- Aquele maluco deixou a vila sozinha??
- Não, Shikamaru ficou em seu lugar.
- Hum... Menos mal... Mas, vamos! Temos que achar o nosso Hitemaru.
- Hai. – começaram a correr, lado a lado, em busca do bem mais precioso deles... Seu filho.
OoOoOoO
Longe dali, num esconderijo no deserto estava Tobi parado em frente do bebê, olhando-o de modo assustador.
- Tobi, não vá comer o bebê! Pain precisa dele lembre-se disso!
- Mas Tobi não come crianças... Tobi é um bom garoto!
- Yare, yare... Venha! – Konan puxou-o pela gola da capa dele e tirou-o de perto da criança. – Deixe que é minha vez de vigiá-lo. – suspirou. – “Por que temos que vigiá-lo? Ele é só um bebê o que mais ele pode fazer?” - pensou
Quando eles voltaram a fitar a criança, ela havia sumido.
- Cadê a criança? – disse Pain vindo devagar.
- Pain...
- Calada Konan, deixe comigo, vocês não fazem nada direito!
OoOoOoO
Faltava poucos minutos para chegar em Konoha e Kiba soava frio em suas costas, Naruto estava preocupado. Logo, Shikamaru corria ver o que havia acontecido.
- Naruto? – se perguntou.
- Ajude-me Shikamaru! Temos que leva-lo até o hospital!
- Sakura dará um jeito nele, agora vá! Volte para seu posto, eu cuido do Kiba... – suspirou – Depois de cuidar da vila pra você... Isso não será tão difícil...
- Okay...
- Cadê o Akamaru... Não achou ele?
- Não tenho a mínima idéia, nem o chackra dele eu senti!
- Yare, yare...
Naruto sentou-se na sua cadeira e fitou o horizonte, estava intrigado, não sabia aonde eles poderiam estar e se já estavam com seu filho. Só de se imaginar na mesma situação sentia uma corrente gelada transpassar sua nuca. Do nada sentiu uma presença familiar na sua sala... Parecia-se com Kiba, mas não era... Virou-se...
- Akamaru!!! – Arregalou os olhos ao ver o cão na sua frente. – Hey, aonde estava?
O cachorro latia para ele o seguir, logo Naruto entendeu o recado e foi atrás dele.
Continuaram correndo até uma pequena gruta, não muito longe dali. Naruto sentiu um chackra muito forte, parecia ser de alguém conhecido...
Continuaram correndo até uma pequena gruta, não muito longe dali. Naruto sentiu um chackra muito forte, parecia ser de alguém conhecido...
Choro de criança?
Naruto pensou, ligando um fato ao outro.
Naruto pensou, ligando um fato ao outro.
- Hitemaru! – Correu até o pequeno e o aninhou. – “Preciso achar aqueles dois!” – olhou para o pequeno nos seus braços. – Hitemaru-kun vou trazer os teus pais... Eu prometo!
Foi o mais rápido que conseguiu até a vila e deixou Hitemaru aos cuidados de sua Sakura.
OoOoOoO
- Sasuke... – Hinata falou baixo.
- Sasuke... – Hinata falou baixo.
- O que foi?
- Algo me diz que... Ele está bem...
- Amor, ele está nas mãos da Akatsuki, ELE NÃO ESTÁ BEM!
- Se eu disse isso é por que ele não está mais com eles!
- Você tá louca né? Quer voltar pra vila? É isso?
- Você tá louca né? Quer voltar pra vila? É isso?
- Não... Eu quero tirar a teima... Vamos atrás da Akatsuki... Caso... Ele não esteja com eles, nós... Daremos uma surra neles por terem pego o nosso filho... Depois disso, voltamos... – Ela lançou um olhar feroz para o lado e ele se arrepio de medo por um instante.
- Realmente viram leoas quando mães... – pensou alto demais.
- ¬¬
- O.O desculpa ai.
Hinata levantou-se rápido, apagou a pequena fogueira e ativou o byakugan, ficando em posição de defesa.
- Inimigos...
Sasuke não demorou a ativar o Sharingan. Se fosse a Akatsuki, acabaria com eles na mesma hora.
O movimento foi tão rápido que nenhum dos dois pode perceber. Uma katana atravessou o estômago de Hinata, assustada com o golpe repentino ela não conseguiu se quer atirar uma kunai. Sasuke correu até ela e sentiu o sangue ferver ao ver a sua pequena daquela forma, olhou para os lados, parecia não ter ninguém...
- Hinata... Conseguiu ver quem fez isso?
- Acho... Que era... – Cuspiu sangue e retirou a katana de si, sentindo a lâmina lhe ferir mais ainda.
- Hinata... Conseguiu ver quem fez isso?
- Acho... Que era... – Cuspiu sangue e retirou a katana de si, sentindo a lâmina lhe ferir mais ainda.
- Não faz isso!
- Eu vou... Melhorar... – jogou a espada longe.
- Eu vou... Melhorar... – jogou a espada longe.
Sasuke olhou-a preocupado. Ele não tinha visto ela nessas situações assim antes... Não com esse olhar...
- Quem era?
- Konan... Mas, ela não costuma usar esse tipo de arma... Ela manipula papeis... Será que... –“Estou... Zonza...” – Hinata sentiu uma fisgada e desmaiou.
- Hinata! – Sasuke segurou-a bem a tempo. – “Droga... Não posso deixa-la assim, e a vila mais próxima é Konoha... Vou ter que voltar... Hitemaru... Será que você está bem?”
Narração de Sasuke...
Eu corria entre as árvores o mais rápido que conseguia. Tinha que levar Hinata e deixa-la no Hospital... Se fosse o caso, sairia sozinho atrás de Hitemaru depois...
No fundo... Eu queria que o que Hinata sentia fosse verdade, que ele estava bem... Tinha medo de que ele estivesse machucado... Céus... Me sentiria um lixo se ele estivesse com um arranhão se quer... Será que ele está bem mesmo?
Mas, me impressionei ao me deparar no meio do caminho com cinco AMBUS.
Mas, me impressionei ao me deparar no meio do caminho com cinco AMBUS.
- Uchiha?
- Hai...
- O Hokage está a procura de vocês... Acharam a criança.
Meu peito explodiu de alegria. Deixei-os ali, e corri com Hinata em meu colo mais rápido ainda, nem sabia que eu podia correr tão rápido como agora corria. A alegria de saber do meu filho me contagiou e me deu energia para acelerar os passos. Mas... E se ele estivesse... Morto?
Em poucos minutos estava em Konoha, fui direto ao Hospital levar Hinata para o atendimento e saber algo do meu Hitemaru.
- Cadê a Sakura? – ofeguei, estava cansado, minhas pernas doíam pela corrida.
- Ela está no berçário.
- Ela está no berçário.
Logo achei uma maca, coloquei Hinata e me certifiquei de que ela seria atendida rápido, assim que consegui, fui até meu filho...
- Yo... – disse o loiro.
- Naruto... – Este apenas sorriu.
- Cadê ele...?
- Vem cá... – colocou a mão no ombro e empurrou-me até quarto a dentro. – Aqui...
Eu nunca tinha sentido algo assim... Um alívio tão grande. Toneladas saíram dos meus ombros ao ver o meu garoto ali... Dormindo, com um rostinho tão sereno.
- Parece loucura... Mas, o Akamaru o salvou da Akatsuki...
- Sério? - estava abismado. – Terei uma dívida eterna de carne fresca com aquele cão... – soltei uma leve risada.
- Haha... Hey... E a Hina?
- Foi atacada... Ela acha que foi a Konan, mas a arma era uma Katana... Foi tão rápido o ataque que ela nem teve tempo de reagir... Simplesmente atacou e foi embora...
- Nossa... Ela ta em que sala?
- Nossa... Ela ta em que sala?
- 301.
- Fica aqui com seu filho... Vou lá ver como ela está... – Ele ia saindo.
- Hey... Teme...
- De nada... – sorriu de canto e saiu do berçário.
Fiquei ali... Apenas observando o meu filho e agradecendo a Deus por ele estar vivo...
OoOoOoO